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Encontro com Secretária e diretores da Saúde esclarece dúvidas dos vereadores de Embu

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Redação

15/04/2010 00:00
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Na sexta-feira, 9 de abril, entre 9h30 e 13h, realizou-se na Câmara de Embu uma reunião inédita, com a participação de toda a equipe da Secretaria Municipal de Saúde, liderada pela própria secretária municipal, Sandra Magali Fihlie e vereadores. A reunião contou com a participação do Presidente da Câmara, Vereador Silvino Bomfim (PT), dos Vereadores José Carlos Proença (PSDB), João Leite (PT), Gilvan da Saúde (PPS), Luiz do Depósito (PMDB) e Arthur Almeida (PSDB), da Secretária da Saúde, diretores e técnicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Pronto-Socorros (PS).

O encontro, que durou cerca de 4 horas, foi importante e muito proveitoso. Vereadores e diretores puderam esclarecer situações e tentar criar soluções para os maiores problemas ligados à questão da Saúde do município. O Vereador Silvino falou da necessidade da reunião e das contribuições que as informações fariam: “O Vereador é a primeira porta em que se bate, a gente sabe das dificuldades e também o que podemos fazer para ajudar”, afirmou.

Foto: Ana Paula Timóteo

Reunião na Câmara Municipal do Embi discutiu saúde pública

Segundo a Ex-vereadora e atual secretária adjunta da Saúde, Maria das Graças, todos sabem das dificuldades. “Ninguém fecha os olhos, e medidas drásticas foram tomadas pelo compromisso com a população. O orçamento da saúde é maior, mas, as necessidades são imensas, precisamos de mais, e se não temos dinheiro para tudo, é preciso priorizar”.

Conforme Secretária Dra. Sandra, saúde não é um problema somente de Embu, e sim universal. “É uma crise estrutural, ética e moral”. Ela citou que um dos maiores problemas é a falta de remédios que deveriam ser repassados pelo Governo do Estado. “Estamos há dois meses sem receber remédios, e os que são entregues são em quantidades bem menores do que o necessário; é o caso da fita para medir a glicemia, precisamos de no mínimo 45 mil fitas, eles nos repassam somente 5 mil. Deveria ser agendada uma reunião com o Governo para que pudesse se esclarecer essa questão, iria melhorar muito se a verba fosse repassada a Embu, assim, teríamos o controle e não faltariam remédios em nossas farmácias”.

Porém, a grande dificuldade é a falta de médicos nos plantões. Segundo o Vereador João Leite, que esteve pessoalmente no P.S. Vazame e indignou-se por o plantão contar somente com 2 de 5 médicos que deveriam estar presentes, “os médicos recebem, mas não cumprem seus plantões; sei de fonte de dentro do Vazame que confirmam que as pessoas batem o cartão e vão embora, enquanto isso os paciente demoram horas para serem atendidos, e muitas vezes voltam pra casa sem nem ver o médico. Eles (os médicos) queixam-se do pouco salário, mas isso não é desculpa; quando chegaram para trabalhar já sabiam do contrato e do valor a ser pago”, alertou.

Em resposta a essas afirmações, o Dr. Antônio Perobon, diretor do Pronto-Socorro, afirma que isso não existe, nenhum médico recebe sem trabalhar, é obrigatório o cumprimento do horário de trabalho. “No final do mês todos os médicos recebem salário picados, porque só ganham pelo que realmente foi trabalhado, existe a fiscalização”, garantiu.

Para a Dra Suely, uma das responsáveis, pelo Pronto Socorro mais procurado da cidade, que atende cerca de 171 mil pacientes por ano, e já foi muito criticado por seu atendimento, “o Vazame atualmente faz um trabalho muito bonito, no ano de 2004 o atendimento era precário; hoje, graças aos investimentos, o serviço melhorou muito, e os nossos pacientes são tratados como se estivessem em hospitais particulares, alguns chegam a passar mais de 40 dias internados e são muito bem tratados”. Segundo Dr. Perobon, o que falta no P.S. é uma Ambulância UTI, apelando à ajuda dos vereadores para que o equipamento chegue a Embu.

A Secretária Dra. Sandra informou que é preciso conscientizar a população a procurar as UBS (Unidades Básicas de Saúde) para consultas simples, só assim se evita as superlotações em Pronto-Socorros. “As pessoas procuram o Pronto-Socorro quando na verdade deveriam ir aos Postos de Saúde; em P.S. não existe ordem de chegada, e sim grau de risco e prioridade, por isso a demora em alguns atendimentos”.

As faltas dos demais Vereadores (somente 6 participaram do encontro) receberam críticas. “Essa reunião é muito séria, é de extrema importância a presença de todos; eles foram avisados com antecedência, não vou dizer que é falta de respeito, mas, é lamentável o não comparecimento”, comentou o Vereador Gilvan da Saúde. Com exceção da Vereadora Dra. Bete (motivo de saúde) e Vereadora Ná (em viagem) que justificaram a ausência, todos os demais estavam cientes da reunião, que foi solicitada pelos próprios parlamentares.

O que ficou mais claro durante os debates, é que o município deve priorizar a prevenção e não as doenças. “Discutir saúde e não médico e remédios, a saúde é muito mais que isso. Precisamos acompanhar e não apenas medicar”, declarou Mônica Lopes, coordenadora de enfermagem da prefeitura.

Por Ana Paula Timóteo – Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

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