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Empresa cobrou Zona Azul mesmo com o fim do contrato

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Redação

13/03/2013 00:00
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Por Nely Rossany, da Gazeta SP e Rose Santana, da redação

Na última terça-feira, dia 12, o prefeito Fernando Fernandes assinou a revogação do contrato de consórcio rotativo Zona Azul. O destrato passou a valer a partir dessa quarta-feira, dia 13, mesmo assim muitos motoristas pagaram para estacionar nas ruas, em diversos pontos da cidade de Taboão da Serra.

Os motoristas que estacionaram na região central ainda iam até os parquímetros para retirarem os tíquetes e não havia orientação sobre o fim do serviço. Foi o caso de Daniel da Silva Gomes, que estacionou o veículo na Ernesto Capelari, no Centro e pagou R$ 1 por um tíquete de 30 minutos. “Não sabia que acabou o serviço, alguém tinha que informar para gente. Quem vai devolver o meu dinheiro?”, indagou.

Foto: Ricardo Vaz

Prefeitura chegou a colar avisos nos parquímetros avisando do fim da Zona Azul

A reportagem verificou vários veículos com os tíquetes no painel e nenhum funcionário da concessionária, nem da prefeitura para orientar. A gerente de base da Autoparque, Rita de Cássia Barbosa informou por telefone que as 44 máquinas estão sendo desligadas aos poucos por uma equipe de manutenção e que foi avisada pela Prefeitura ontem à noite e que só pode iniciar o desligamento dos parquímetros nesta quarta-feira pela manhã.

Sobre o dinheiro que foi pago ainda hoje, a gerente informou que não há como fazer a devolução. De acordo com a prefeitura, um material institucional está sendo preparado para informar à população sobre o fim do serviço.

“Eu não sabia, paguei R$ 2. Quando iniciou a cobrança havia faixas, pessoas nas ruas com aventais e coletes avisando o inicio da cobrança, porque a prefeitura não fez o mesmo agora que não se cobra mais?”, questiona a contadora Adriana Basseti. Ela pagou R$2 para estacionar na Rua Elisabeta Lips, ao levar seu filho ao médico.

A enfermeira Márcia Cristina disse que só não pagou para estacionar porque foi avisada por um comerciante sobre o cancelamento  da Zona Azul. “Eu fui a uma loja no Pirajuçara, quando fui retirar o tíquete um comerciante disse que não precisa mais, até me mostrou os homens desmontando o equipamento. Muita gente não sabe e vai pagar”, disse.

Muitos motoristas questionam porque os parquímetros ainda estão ligados. “Se não existe mais cobrança, porque não desligaram as máquinas?”, pergunta Paulo dos Santos, vendedor. A previsão é que até sexta-feira, dia 15, todos os parquímetros sejam retirados da cidade.

Fim do contrato

O contrato foi desfeito pelo atual prefeito Fernando Fernandes, ontem à tarde por ter diversas irregularidades e segundo o prefeito, por não ter vantagem nenhuma para a cidade. Pelo contrato, a prefeitura ficava apenas com 6% do total arrecadado pela empresa. Dados divulgados pela Assessoria de Imprensa mostram que durante 2012 o total repassado para a prefeitura foi de R$ 6.944,58, enquanto no mês de janeiro de 2013, foi repassado a quantia de R$ 3.947,16.

A prefeitura explica que do total arrecadado pela empresa, era repassado o percentual de 5% para o ISS (Imposto sobre Serviços), 0,68% para o PIS (Programa de Integração Social) e 3% para COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) mensais e mais 6% estipulado por contrato.

 

 

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