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Prefeitura emite nota oficial sobre o confronto entre GCM e moradores durante reintegração de posse

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Redação

05/03/2020 19:14
Reprodução
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Prefeitura de Embu das Artes emitiu nota oficial sobre o incidente durante reintegração de posse na tarde desta quinta-feira, dia 5, no Jd. São Luiz.

Segundo a nota, “o terreno que pertence à Caixa Econômica Federal estava ocupado irregularmente por diversas pessoas. No local há prédios com edificação não concluída que estão sob o risco de desabamento e, por este motivo, estava interditado pela Defesa Civil”.

Ainda de acordo com o comunicado, “há alguns dias, um diálogo aberto para passar a orientação aos ocupantes sobre o risco iminente e recomendação da retirada das pessoas para garantir a integridade física delas”. E que “levando em consideração esse quadro caótico, a gestão tem autonomia para tomar medidas administrativas visando a proteção da vida, uma vez que o local não apresentava condições de habitação”.

No terreno havia cerca de 300 pessoas que ficaram “contrariadas com a determinação de retirada do local. Por isso, os manifestantes iniciaram uma série de arbitrariedades como fechamento de importantes vias de acesso, vandalismo contra ônibus municipais e intermunicipais, depredação do patrimônio público, arrastão e ameaças aos servidores públicos no exercício da função”, diz a nota.

Diante dessa situação, e no intuito de “controlar os distúrbios e evitar confrontos mais graves, ocorreu a intervenção das forças de segurança pública contra os manifestantes. Não houve vítimas graves e apenas duas pessoas sofreram ferimentos leves: um GCM, que recebeu uma pedrada, e uma senhora que torceu o pé. Ambos passam bem”, esclareceu.

A Prefeitura encerra a nota afirmando que “o governo municipal irá apurar os atos de vandalismo para identificar os responsáveis e aplicar a punição no rigor da Lei. A desocupação foi realizada e a manifestação controlada”, finalizou.

Entenda o caso

Um protesto no início da tarde desta quinta-feira, dia 5, causou tumulto na divisa entre Taboão da Serra e Embu das Artes. Moradores de um terreno do Governo do Estado, destinado ao CDHU, no Jd. São Luiz, realizaram uma manifestação violenta ao serem informados que teriam que deixar a área, uma vez que a mesma seria reintegrada.

Cerca de 200 pessoas interditaram a avenida Rotary, em Embu das Artes e impediram a circulação de ônibus e carros. Alguns manifestantes obrigaram comerciantes a baixarem suas portas. Com a chegada da PM e da GCM, o clima ficou mais violento e os manifestantes passaram a depredar os ônibus.

Em um dos momentos mais tensos do protesto, um caminha tanque, carregado de combustível, vou parado na avenida Rotary, alguns manifestantes gritavam para que “explodissem” o veículo. Um homem com o rosto semicoberto pegou um extintor de incêndio e começou a jogar um pó químico nos carros que transitavam pelo local.

Além de atarem fogo em lixo, pneus e madeira, os manifestantes também fecharam a estrada Kizaemon Takeuti com dois ônibus que ficaram cruzados na via, dificultando a chegada da polícia. Um motorista da Viação Pirajuçara chegou a ser agredido fisicamente por cinco manifestantes.

Segundo informações da GCM de Taboão da Serra, pelo menos cinco ônibus da Viação Pirajuçara, um da Miracatiba e outro de uma linha circular de Embu das Artes foram depredados. Em dois coletivos, os manifestantes chegaram a atear fogo, que foi contido pelos policiais e GCMs.

Alguns manifestantes chegaram a bloquear uma pista da estrada Kizaemon Takeuti, já em Taboão da Serra, mas a liberação aconteceu de forma rápida graças a chegada da GCM que impediu que os comércios fossem fechados.

A situação às 14h20, após a chegada de reforços da PM, era mais tranquila e as vias forma liberadas e os ônibus recolhidos para as garagens. A circulação dos ônibus está voltando ao normal.

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