Embu das Artes: Morre aos 93 anos a rezadeira Noêmia Cachoeira

Conhecida por suas atividades festeiras, romeira e rezadeira em Embu das Artes, Noêmia Cachoeira morreu no último domingo, dia 7, aos 93 anos, por insuficiência respiratória. O sepultamento aconteceu no Cemitério do Rosário. Ela deixa dois filhos, sete netos, 15 bisnetos e oito tataranetos.
Noêmia teve uma longa trajetória (mais de 25 anos) na realização da tradicional Festa de Santa Cruz. Era filha de José e Elísia Cachoeira, continuadores do evento na cidade, o qual ela também deu prosseguimento. De mãe para filha e de avó para neta, assim as tradições vem atravessando gerações na família Cachoeira.
Nascida em Embu das Artes em 26/01/1928, Noêmia Gonçalves da Luz (nome de batismo) cresceu em meio à festividade e relembrava: “Meu pai nunca nos deixou dançar em bailes, mas na Festa de Santa Cruz eu sempre dancei e participei desde menina, além das minhas nove irmãs e minha filha Dirce”. Quando questionada sobre as cantigas e danças favoritas, Noêmia não hesitava em dizer: “Tem a Adoração, o Chimarrete, a Cirandinha e a Cana Verde, e eu adoro todas”.
A Festa de Santa Cruz é a mais antiga de Embu das Artes. O evento reúne uma série de apresentações que mesclam fé, religiosidade e cultura viva por meio da música, dança, teatro e culinária relacionadas aos festejos iniciados pelos padres jesuítas a partir do século XVII. Os festeiros rezam diante da Santa Cruz, ajoelhados ou não, beijam-na, acendem velas, cantam e dançam em sua adoração. E há o levantamento do mastro, momento para se pedir a realização de um desejo, que deve ser feito ao seu pé, para, assim, ser atendido.
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