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Em coletiva, Evilásio fala sobre a prisão dos seus secretários

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Redação

08/06/2011 00:00
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O prefeito de Taboão da Serra, Evilário Farias, concedeu entrevista coletiva na tarde dessa terça-feira (7), após a prisão de mais 14 envolvidos na fraude do IPTU. O esquema de corrupção, segundo o prefeito, acontece desde 2004. “Em 2004 quando eu era deputado federal recebia denúncias de esquema de baixa na dívida ativa de forma irregular”, disse.

O prefeito ainda afirmou que em 2005 quando assumiu a prefeitura exonerou os funcionários envolvidos no esquema. “Encaminhamos todos à Polícia Civil de Taboão da Serra”. A seguir, os trechos mais importantes da entrevista.

Foto: Eduardo Toledo

O prefeito Evilásio Farias durante coletiva com a imprensa

A redescoberta do esquema: De acordo com Evilásio, ele se surpreendeu ao saber que o esquema continuava. “Para nossa surpresa, em março ficamos sabendo que estava havendo baixa na dívida ativa. Montamos um flagrante e três dias depois conseguimos pegar Marcio Carra. O primeiro preso [Carra] entregou outras pessoas”.

Evilásio promete fazer uma investigação dos últimos dez anos para buscar mais indícios do suposto esquema. “Vamos fazer uma retrospectiva de 10 anos. A dívida ativa não prescreve, podemos buscar até meio século atrás. Enquanto eu for prefeito, até 31 de dezembro de 2012, vamos buscar [os fraudadores] até onde a auditoria puder alcançar”.

A prisão e envolvimento dos secretários: “No relatório publicado pela polícia não consta nenhum secretário dando baixa na dívida ativa”. “Os secretários foram presos porque seguravam as documentações, atrasando as investigações. Quem pediu a prisão foi o Ministério Público e não a polícia”.

Inocente ou culpado: “Cada um terá o direito de defesa. O meu ponto de vista não vale aqui, eu não julgo e não condeno. Vamos esperar a justiça apurar e dar o direito de defesa. Não vou dizer que são ou não inocentes”.

Exoneração dos servidores presos: “Todos que foram presos no dia de ontem [terça-feira, 7] foram exonerados, quem é concursado passara por um processo administrativo. Hoje eu assinei as portarias”.

A exoneração dos secretários: “Enquanto estiverem respondendo processo [ficarão afastados]. Secretário preso não vai nos ajudar”.

A volta dos secretários: “Eles não voltam, porque esse processo não deve terminar antes de eu sair”. [falta um ano e meio para o prefeito deixar o cargo].

Traição: “Me sinto surpreso, me sentirei traído no momento que forem julgados e condenados por atitude inidônea”. “Gostaria muito que esse processo chegasse ao fim o mais rápido possível para provarem que são inocentes”.

Foto: Eduardo Toledo

Evilásio conversou com a imprensa regional e a grande mídia

Ameaças: “Que bom que um gestor público teve a coragem de cortar na pele, no fígado, no músculo, mostrar a ferida e entregar [o esquema] à polícia. Por duas vezes, duas pessoas de moto disseram: você será envelopado, tudo isso que esta acontecendo é culpa sua. Estou sendo constrangido, ameaçado eu e minha família. Hoje tenho a prerrogativa da Guarda Municipal. Não sei o quanto terei que passar por passar essa cidade a limpo”.

No mínimo, omisso: “Quando eu assumi em março de 2005, eu exonerei [funcionários corruptos] e entreguei à polícia. Não teve omissão. Segundo ato, flagramos e entregamos à policia. Isso não é omissão, não é prevaricar. Doa a quem doer as investigações, elas continuam. Todos que foram presos, se forem absolvidos não vai doer nada. Se forem condenados vai doer muito”. 

Ser investigado: “No meu cargo estou sujeito a isso, a ser investigado. Com certeza vou ser investigado. Quero ter a satisfação de mostrar que sou inocente”.

A volta do dinheiro aos cofres públicos: “Pessoas que utilizaram esse sistema [fraude] vão pagar na justiça. Nós vamos fazer valer a Lei. Ele [contribuinte] não vai se livrar de devolver o dinheiro à prefeitura o que é da população taboanense”.

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