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É hora de um basta, ninguém aguenta mais tanta enchente

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Redação

17/12/2009 00:00
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A população taboanense já não aguenta mais. As enchentes estão se tornando comuns em nossa cidade e a falta de uma ação efetiva do poder público é gritante. Algo precisa ser feito, pois o verão ainda não chegou e as cenas de prejuízo e desespero já se repetiram mais de cinco vezes nestes últimos 40 dias.
É óbvio que o clima mundial está de ponta cabeça, mas seguindo a lógica, nos próximos meses a força das chuvas devem aumentar e as enchentes na cidade tendem a se agravarem. Todos são culpados, não existem inocentes. É hora da Prefeitura e do Governo do Estado assumirem as responsabilidades que lhes foram conferidas nas urnas.
Se o problema é a limpeza dos piscinões, que limpem. Se o problema for a falta de limpeza dos córregos, que limpem e aprofundem a calha. Se nada disso for suficiente, que as famílias sejam removidas das áreas de várzea e no local se construam parques e que ninguem feche depois os olhos para invasões em locais onde os rios precisam de espaço na época de cheias.
E mais, que ninguém tente camuflar a péssima contribuição de alguns moradores, que insistem em jogar lixo nos córregos, papéis nas ruas e outros tipos de emporcalhamento que vemos todos os dias na nossa cidade. É hora de um basta em tudo o que contribui para que cenas lamentáveis continuem se repetindo com essa frequencia, quase semanal.
É necessário também cobrar o Governo Federal. Existe dinheiro para ser aplicado em projetos de infra-estrutura, o tão falado PAC prometeu uma revolução no país, mas na prática não foi isso que aconteceu. Chega de hipocrisia, que verbas seja destinada para Taboão da Serra, para ações efetivas no combate as enchentes.
Quem também precisa fazer a lição de casa é a concessionária OHL, que lucra (e muito) com os pedágios pago pelos motoristas que trafegam na rodovia Régis Bittencourt e são obrigados a ficarem parados, muitas vezes por horas a fio, porque a pista está inundada. A empresa espanhola precisa tomar vergonha na cara e de uma vez por todas resolver com obras, e não com paliativos, o problema dos alagamentos em todos os pontos muito bem conhecidos da região.
O que mais agrava a situação é que o problema está escancarado em nossas caras e ninguém tem coragem de suscitar o debate. Até hoje nenhuma ação para o fim das enchentes, ou pelo menos para diminuir o problema, foi proposto por nenhuma autoridade, em nenhuma esfera. É hora de olhar pelo povo, que tenta não afogar suas decepções nas águas fétidas que invadem seus lares.

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