Duas casas desabam no Jd. Mirna. Moradores escapam por milagre

Milagre. Essa foi a palavra mais repetida na casa da Dona Neusa Araújo, moradora há 25 anos do Jd. Mirna. A enchente que invadiu a sua casa levou mais do que seus móveis, eletrodomésticos e dignidade, levou também o quarto e a sala que desabaram com a força da água. “Por milagre eu estava na cozinha, tinha saído de lá [onde desabou] em menos de um minuto”.

Segundo Neusa, as enchentes são constantes no local, mas desta vez foi uma das piores. “Nunca tinha subido tanto e com essa força, então. Eu nunca tinha visto”, disse. Sem poder ficar no que sobrou de sua casa, que foi interditada pela Defesa Civil e deverá ser demolida, a moradora busca refúgio na casa da filha. “Nâo tenho para onde ir, fazer o que?”, lamenta.

Foto: Eduardo Toledo

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Outro milagre que foi operado no Jd. Mirna foi na casa do Sr. Edmílson. Morador em uma viela, o muro de sua casa desabou em cima do quintal quando ele e a família se preparava para deixar o local. Como sua residência fica em uma baixada, a água estava até o teto. A Defesa Civil precisou desligar o quadro de força para evitar um acidente elétrico.

No Jd. Mirna e no Jd. Três Marias, outras três casas estão condenadas. “Foi muito forte a chuva, eu estava tentando salvar minhas coisas e quando vi a água já estava na altura do meu peito, tive que sair nadando. Foi tudo muito rápido, não sei como aconteceu”, disse Hugo, morador da rua Maria Catarina Comino.

Com as suas residências interditadas, os moradores precisaram ser removidos para casas de parentes. Uma família foi removida provisoriamente para a sede da GCM.