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Crianças cadeirantes protestam contra falta de transporte

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Redação

18/04/2012 00:00
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Uma comissão formada por estudantes cadeirantes e seus pais foram à Câmara dos Vereadores de Taboão da Serra nesta terça-feira, dia 16, reivindicar a volta permanente do transporte adaptados a que eles têm direito para frequentarem a escola. Alguns alunos estão há dois meses sem frequentar a escola por falta de transporte.

De acordo com os pais, o transporte foi retirado a cerca de dois meses, só voltando a funcionar, de maneira provisória na última segunda-feira, dia 16.

Foto: Rose Santana

Crianças que dependem do transporte foram até a Câmara Municipal

“O município não oferece escola especial, nem pessoas preparadas para atender essas crianças, as escolas são adaptadas e até o transporte eles querem tirar? Esse é um direito adquirido”, disse Sônia Maria Brito, mãe de Larissa Vitória, 16 anos.

Segundo relatou Sônia, desde o início das aulas em fevereiro, segunda-feira, dói o primeiro dia que a filha pode ir à escola, porque estava sem o transporte. “Só enviaram o transporte agora e ainda disseram que é provisório. E só mandaram porque nós estamos pressionando, mas até quando não sabemos”, relatou Sônia.

O munícipe Edson Helfstein, utilizou a tribuna para ler um manifesto assinado pelos pais dos alunos. Ele ressaltou que em Taboão as escolas não estão preparadas para receber alunos especiais, faltam rampas, elevadores e cuidadores. E agora o transporte adaptado. O documento, juntamente com um abaixo assinado foi entregue ao presidente da Casa, José Macário.

Todos os vereadores se manifestaram solidários ao manifesto e prometeram providências urgentes para o caso. “Vamos com uma comissão até o Estado buscar soluções”, disse Macário.

Olívio Nóbrega também manifestou solidariedade à manifestação dos estudantes. “Essa é uma manifestação justa, liguei agora para a deputada Analice Fernandes, e ela disse que vai dar assistência a esses estudantes. Acredito que vamos resolver a deputada já se prontificou a ajudar”, declarou.

Felix demonstrou indignação com o caso. “Como é que pode uma situação dessas? Por que o Estado não tem um cuidado especial com esses jovens? Tanto dinheiro sendo roubado, desviado e tiram o transporte dessas crianças?”, questionou.

“Precisamos de muita coisa, é muito difícil conseguir algo porque as portas, em geral, estão fechadas. Faltam rampas nas escolas, cuidadores, mas andar nas ruas também é muito difícil, a cidade não esta preparada para o cadeirante. Mas o importante é que chegue alguma ajuda”, disse Cristina Rodrigues Rocha, também é mãe de um adolescente especial.

A cerca de 30 estudantes que dependem do transporte adaptado.  Os vereadores redigiram um requerimento que será encaminhado à secretaria da educação do Estado, solicitando explicações e soluções para o caso dos alunos. Todos os 13 vereadores assinaram o documento.

 

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