Comissão de Segurança debate monitoramento eletrônica
Na última sexta-feira, dia 27, a Comissão Permanente de Segurança Pública se reuniu no plenário da Câmara Municipal de Taboão da Serra para na primeira audiência pública do ano para cobrar explicações sobre a aquisição e o funcionamento dos equipamentos contratados para realizar o monitoramento de segurança da cidade.
Os equipamentos foram adquiridos com recursos do Governo Federal (Pronasci) e são aliados importantes na prevenção e combate ao crime. Segundo informações que membros da comissão receberam, apenas três das 26 câmeras estão em funcionamento.
Foto: Anderson Silva
A comissão de vereadores é composta por Fausta, Cido e Olívio Nóbrega
Estiveram presentes na reunião o Presidente da Comissão, vereador Olívio Nóbrega, a vice-presidente vereadora Fausta Leite, e o membro da comissão o vereador Cido. Entre os convidados estavam o ex-secretário de segurança, Salvador Grisaffi, o atual secretário segurança Coronel Silas Santana, o proprietário da empresa YBR, Yousef Bem Riman, responsável pela instalação do sistema. Também participaram da audiência, Cida Borghi presidente do Conseg Taboão, a imprensa local e cerca de 20 pessoas no auditório.
A Comissão permeou os questionamentos levantados pela imprensa de Taboão da Serra quanto à licitação, os valores e quais equipamentos foram adquiridos. Em sua explanação inicial o Presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública, vereador Olívio Nóbrega disse que a comissão se instala para dar respostas à sociedade que está carente desses equipamentos.
“Esta comissão está isenta aos interesses e instrumentações externas, nos queremos apurar, não sabemos quem é o culpado, vamos encontrar os erros e corrigi-los. Quem perde com a falta do sistema de segurança é o munícipe, vamos responder à altura a população”, afirmou Olívio.
Para o vereador Cido, a questão é muito polêmica e exige fiscalização dura. “O monitoramento não funciona da forma em que deveria, queremos saber por quê. Esse dinheiro que veio do Pronasci foi mal utilizado e acredito ser omissão do Poder Executivo”, destacou o vereador Cido.
Os jornalistas que acompanhavam a reunião puderam participar fazendo perguntas. Uma dessas perguntas foi direcionada ao ex-secretário de Segurança, Salvador Grisafi, se referindo a uma possível fraude no sistema de monitoramento.
“Eu não admito essa palavra, fraude, porque a partir do momento que vem o recurso, que ele é aplicado, que é investido, o material vem e ele entra em funcionamento, cumprimos a lei. Na inauguração do sistema, como assim comprovou a Câmara de Vereadores, o público que esteve presente, e até a própria auditoria do Ministério Público que em acordo constataram seu funcionamento não se pode falar em fraude, farsa, fracasso ou falência, o problema é a manutenção. Na licitação não entrou a manutenção dos equipamentos. A Secretaria de Segurança ficou sem o fornecimento de serviços técnicos em manutenção é por isso que hoje o sistema não funciona em sua totalidade”, declarou Salvador Grisafi.
Youseuf Bem Riman, proprietário da YBR, empresa que instalou o sistema afirmou as declarações de Grisafi. “A responsabilidade da YBR era o fornecimento dos equipamentos e sua instalação. Tudo o que foi licitado está instalado e nós tínhamos em contrato um período de manutenção enquanto garantia dos materiais, após esse período a responsabilidade na manutenção era da Secretaria de Segurança”.
Outro ponto levantado foi o problema que a falta de manutenção causou a cidade, deixando diversos pontos sem o monitoramento prometido. A Comissão então discutiu soluções e ideias de como diminuir a violência em Taboão da Serra. “Temos que colocar em prática as leis aprovadas com coragem por esta casa de leis. A Lei dos paredões de som e a Lei do Silêncio são fundamentais na recuperação da paz e da segurança”, destacou o vereador Olívio Nóbrega.
Foto: Anderson Silva
O ex-secretário Salvador Grisafi e o atual, Coronel Silas, participaram da audiência
O Coronel Silas Santana disse que o desafio da segurança em Taboão é constante. “São varias ações que executamos diariamente. Nosso pessoal está motivado. Mesmo com um efetivo pequeno, sempre lutamos com o que temos. Já estamos articulando para recompor este equipamento e contratar a manutenção dos equipamentos de monitoramento e melhorar nosso trabalho”.
Cida Borghi, presidente do Conseg Taboão disse que é preciso levar o assunto a sério. “A prefeitura fez um alto investimento para que? Como conselheiros exigimos a correção dessa licitação e a contratação da manutenção. Outro detalhe importante é a valorização do soldado da Policia Militar e da GCM”.
A vereadora Fausta elogiou o trabalho da comissão e do Conseg. “Concordo com a valorização dos nossos anjos da guarda que fazem nossa segurança”.
Ao final foram redigidas nove questões em requerimento para aprovação do colegiado de vereadores. “Estas questões são fundamentais para a sequência desta audiência. Mas hoje já averiguamos que não houve fraude, mas sim a falta de manutenção, isso ficou claro, faltou interesse de alguém ou faltou recursos. Mas em primeira mão estamos informando, que já temos em caixa R$ 1,3 milhões, também verba de recursos vindos do Governo Federal, para investir na recuperação deste sistema de monitoramento. Vamos recuperar o que está ai, e manter o patrimônio da cidade”, enfatizou Olívio Nóbrega, presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública.