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Com clima tenso na base, Câmara de Taboão aprova projeto do Executivo

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Redação

30/10/2015 00:00
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A Câmara Municipal de Taboão da Serra aprovou na manhã desta quinta-feira, dia 29, em sessão extraordinária, o projeto de autoria do executivo, baseado em uma lei federal, que permite estados e municípios a sacar até 70% dos recursos depositados em juízo em processos judiciais e administrativos. Com isso o governo municipal terá R$ 3,5 milhões para reforçar o caixa da cidade.

“O projeto é de suma importância para o município. O governo poderá usar esses recursos para o pagamento de despesas”, disse o líder do governo na Casa, Eduardo Nóbrega (PR).

Parlamentares aprovam projeto que permitirá que o governo tenha um reforço de R$ 3,5 milhões no caixa | Cynthia Gonçalves

A aprovação contou com 10 votos favoráveis, um contrário da vereadora Luzia Aprígio e ausência do vereador Moreira (PT).  “Vou votar contrário a esse projeto, se fosse para educação, para saúde eu teria imenso prazer em votar, mas como eu não sei para onde vai [o dinheiro], vou votar contrário”, declarou a líder do PSB.

“Clima tenso" na base continua

Na última terça-feira, o projeto não entrou em votação porque a base aliada não se entendeu, para o vereador Lune, houve uma “disputa de poder”, já o vereador Marco Porta (PRB), chamou o ocorrido de “guerra”.  Mesmo assim, ninguém admite um “racha”, porém o tom dos discursos deixa claro que o clima não é de "paz e amor".

O vereador Luiz Lune (PCdoB) votou favorável ao projeto e questionou a legalidade da sessão. De acordo com Lune, o regimento interno diz que uma sessão extraordinária deve ser chamada com dois dias de antecedência, o que no entendimento dele não aconteceu. “A sessão não tem validade, ela vai cair. Essa sessão só está acontecendo devido uma disputa de poder na base”, alfinetou.

De acordo com o vereador Marcos Paulo (Pros), a sessão é legítima e a votação não aconteceu na terça porque alguns parlamentares precisavam avaliar melhor o projeto e não por “uma guerra de vaidade ou por ciúmes, a questão é avaliar o projeto. Cada vereador representa o seu partido, cada um é líder e o governo [Fernando Fernandes] sabe com quem contar”, declarou.

Já o vereador André Egydio (PSDB) criticou a sessão extraordinária e disse que a base deve resolver seus problemas internamente. “Base é na hora da dor e do amor. Não tem meia base. Acho desnecessária essa sessão extraordinária. Se estão com dúvidas nos projetos relevantes para a Casa, é só esclarecer nas reuniões que acontecem todas as segundas-feiras com nosso prefeito. Acho que tem que resolver as coisas internamente. Estão em dúvida? É só discutir à exaustão com o prefeito ou com o líder do governo”, disparou.

Para o vereador Marco Porta (PRB) “uma guerra” aconteceu na terça-feira e impediu a votação do projeto e elogiou a atuação do líder do governo. “Essa discussão que aconteceu na terça-feira, fez de você Eduardo [Nóbrega] mais líder do que nunca”, disse.   

Nóbrega declarou que é um “orgulho ser o porta voz do grupo todo” e que as “as decisões são tomadas nos compromissos firmados com o governo e na consciência com cada parlamentar. A base é formada por 10 vereadores, lideres natos. Meu respeito, meu carinho por todos os vereadores da base e pela oposição”, declarou.

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