Celulares da Grande São Paulo terão nove dígitos
Por Nely Rossany
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou no Diário Oficial da União, na sexta-feira aviso informando que a partir do dia 29 de julho os celulares com o DDD 11 terão nove dígitos. A medida vale para a capital e os municípios da região metropolitana como Taboão da Serra e região. O objetivo é ampliar os recursos de numeração dessa área.
A Anatel esclareceu que os números antes com oito dígitos (xxxx-xxxx) continuam os mesmos, só o número 9 deve ser acrescentado na frente (9xxxx-xxxx). A mudança vai resultar em 53 milhões novas possibilidades de número às 37 milhões possíveis atualmente com oito dígitos. Com isso, o total alcançável na região de DDD 11 será de 90 milhões.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
O objetivo é ampliar os recursos de numeração dessa área que devem somar R$ 90 milhões
No fim de dezembro de 2011, eram 32 milhões de linhas móveis habilitadas nos 64 municípios da região. "Trata-se de um dos mercados mais dinâmicos do Brasil, com a necessidade de 342 mil novos números por mês. O nono dígito dá mais tranquilidade para a Anatel, para as operadoras e para os usuários", avaliou o presidente da Anatel, João Rezende.
Nos 90 primeiros dias após a mudança, chamadas com os números antigos ainda serão completadas. A estimativa da agência é de que a transição custe algo em torno de R$ 300 milhões para a adequação das redes das empresas.
De acordo com o gerente da Anatel responsável pelo acompanhamento e controle das obrigações de interconexão, Adeílson Evangelista, ainda há cerca de 4 milhões de números em estoque para a região, o que seria suficiente apenas para atender novos usuários por mais um ano e meio. "Por isso estamos antecipando a implantação em seis meses, porque decisão original previa a alteração para o fim de 2012", completou Rezende.
Segundo o presidente da Anatel, o próximo passo deve ser a colocação do nono dígito no resto do Estado de São Paulo e no Rio de Janeiro, mas ainda não há um cronograma para essas outras regiões. "A Anatel monitora a evolução da demanda, e essa mudança por enquanto ainda não é necessária", concluiu.