Bate boca marca sessão da Câmara em Taboão da Serra
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O plenário da Câmara de Taboão da Serra aprovou na noite desta terça-feira, dia 21, todas as indicações, inclusive as em precedentes. Destaque para a indicação número 622/2013, assinado por todos os vereadores, que solicita elaboração de estudos para mudar a referência dos motoristas municipais equiparando com a categoria dos mecânicos. Os requerimentos foram remetidos para a próxima semana. Um grupo de professores realizou um protesto durante a fala de alguns vereadores, o que causou um pequeno tumulto, bate-boca entre os parlamentares e entre munícipes e vereadores.
Na segunda parte da sessão, os vereadores aprovaram o projeto de Lei nº 041/2013, de autoria do Vereador André Luis Egydio, que institui o dia da liberdade religiosa, a ser comemorado no dia 25 de maio de cada ano, no âmbito do Município de Taboão da Serra.
Dois munícipes utilizaram a tribuna, Jonas Carlos dos Santos Bastos, funcionário da secretária de Saúde, falou da falta de material e funcionários nas unidades do município, além do baixo salário e ausência de benefícios. Em seguida a educadora Sandra Fortes cobrou mais atenção do governo para com os servidores, relatou as reivindicações da categoria, uma luta antiga, inclusive o não recebimento do dissídio no mês de maio.
Foto: Rose Santana

Câmara aprovou projeto que estava em pauta há 15 dias
O presidente da Casa, Eduardo Nóbrega, falou sobre a indicação 622. “nós estamos aqui, tratando de um tema trazido por 178 motoristas, ou eles não merecem respeito? É o primeiro passo a readequação de categoria. Eu entendo que é uma medida necessária. Aqui nós somos responsáveis, é só um pequeno passo que inicia uma grande discussão”, disse.
Durante o discurso do vereador Nóbrega os educadores iniciaram um protesto. “E nós?”, questionaram os professores. O vereador Marco Porta também questionou o comportamento do grupo. “Aqui tem que ter respeito com os vereadores e com as demais categorias.
Recado aos educadores escolham bem quem vocês vão mandar, quem vão representar vocês de verdade. Temos educadores aqui que só faltam vaiar, muito estranho isso. Senhores pais que tem seus filhos educados por esses educadores aqui, abram seus olhos”, falou.
Um dos episódios que tumultuou a sessão foram as declarações dos vereadores Marcos Paulo e Moreira.
“Os médicos receberam aumento sem nos xingar. Não sei porque vir aqui nos pressionar, até porque não temos o poder de dar aumento, só o prefeito. Se tiver que fazer algum motim, não é aqui, é na prefeitura. Nós não fugiremos ao debate, pode gritar, trazer faixa, fazer campanha no facebook”, declarou o vereador Paulinho.
Em seguida Moreira utilizou a tribuna. “Precisamos fazer muitas mobilizações para que de fato se tenha aumento nessa cidade. Vereador Paulinho o senhor não pode dizer que o povo não pode vir aqui se manifestar. Como é que o povo pode ser tolhido de vir aqui na Câmara reivindicar seus salários?”, questionou o parlamentar.
Indignado o vereador Paulinho se defendeu e disse que gostaria de ouvir a fita novamente. “Eu nunca disse e nunca vou dizer que o povo não pode vir aqui, o que eu disse foi que os médicos não precisaram vir aqui para receber. Sou favorável a toda e qualquer manifestação, mas com responsabilidade. Peço apenas responsabilidade. Acredito que o senhor [Moreira] entendeu errado minhas palavras. Não votarei sobre pressão, pode ter a manifestação popular de 50 mil pessoas, vou votar com minha consciência”, disse Paulinho.
Nóbrega voltou a tribuna e também rebateu as declarações do vereador Moreira. ”O vereador Moreira hoje errou na mão. O vereador Marcos Porta nunca disse que o povo não poderia vir aqui. Nessa nos fomos calmos e pacientes. Na próxima vamos escancarar quem fizer política fácil”, frisou.