Avenida em Taboão da Serra vira motivo de briga política
Matheus Herbert e Nely Rossany
Os moradores dos prédios da Avenida Vida Nova, que faz ligação com a rodovia Régis Bittencourt, no Jardim Maria Rosa em Taboão da Serra, estão cansados dos buzinaços que são forçados a ouvir pelo menos três vezes ao dia. Na avenida foi instalada uma unidade do Colégio Ser, e nos horários de entrada e saída dos estudantes uma enorme fila de carros se forma. O grande problema é que dos dois lados da via ficam carros estacionados e assim os veículos que precisam acessar a rodovia ficam presos na fila de veículos que aguardam para entrar no colégio.
“A maioria das vezes, demoro cerca de 25 minutos para conseguir acessar a entrada do colégio. Além da avenida ter apenas duas mãos, as pessoas estacionam os carros nas vias, aí trava tudo”, informou a comerciante Beatriz Muniz, de 42 anos.
A fila se forma em três períodos do dia, as 7 horas da manhã, ao meio dia e no final da tarde, por volta das 18 horas. “Quando retorno ás 17h30 do trabalho, está tudo parado. A culpa não é do colégio e sim porque estacionam dos lados”, informou a moradora, Julia Costa, do condomínio Pitangueira II.
Para evitar o congestionamento, a Prefeitura de Taboão da Serra proibiu no ano passado que motoristas estacionassem em um trecho de cerca de 100 metros em frente ao colégio, porém trabalhadores da Cooperativa Habitacional Vida Nova, que dizem estacionar os carros na avenida, protestaram e a decisão foi anulada.
“Desde o ano passado, estamos tentando negociar com esses funcionários e com o presidente da Cooperativa que é o Aprígio, mas ainda não chegamos em uma decisão. Todos os dias, agentes de trânsito auxiliam o tráfego na avenida”, disse o secretário de secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Rinaldo Tacola.
Ainda segundo o secretário, uma nova reunião para discutir o trânsito na região está agendada para a próxima segunda-feira, dia 21.
Procurado pela reportagem, o presidente da Cooperativa Vida Nova, José Aprígio destacou que não há muito o que ser feito em relação ao trânsito. “Os funcionários que trabalham nos prédios, não tem outro lugar para estacionar se não for na avenida. Já que a Prefeitura de Taboão da Serra, decidiu entrar na Justiça pela rua, vou aguardar a decisão”.
A decisão qual se refere Aprígio é sobre uma ação movida pelo município contra a Cooperativa Vida Nova que reivindica uma área institucional de 36 mil metros quadrados (que inclui a avenida) que deveria ter sido doada ao município. O processo ainda corre em primeira instância.
Ainda para Aprígio, os moradores que vivem ao lado da avenida não sofrem com o barulho ou com o trânsito. “Os moradores não sofrem com o trânsito, porém temos que aguardar a decisão da Justiça. E em relação aos meus funcionários estacionarem na avenida, em breve eles não irão estacionar mais, porque as obras de novos prédios estão acabando”, disse Aprígio.