Autarquia Municipal de Saúde combate à dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. Até o ano de 2006, o município de Itapecerica da Serra não havia registrado casos de dengue entre as notificações compulsórias colhidas em toda a rede de saúde.
A partir de 2006, com a intensificação da busca de casos através da ampla capacitação de profissionais atuantes nos serviços de atendimento, houve um aumento no número de suspeitos da doença. Esse esforço acabou por confirmar os primeiros casos de dengue em nosso município, oriundos de outras regiões, sem que a doença tenha sido gerada em nosso território.
Os sintomas como a febre, com duração máxima de sete dias, também pode ser associada a cefaléia, dor ao redor dos olhos, prostração e manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo.
Os pacientes tinham histórico de deslocamento para outras áreas, principalmente Embu e São Paulo, onde teria ocorrido a infecção. Esta característica pode ser constatada até os dias atuais e não tivemos, até o momento, casos chamados autóctones, ou seja, pacientes infectados por picada do mosquito em nossa área de abrangência.
A ausência de casos autóctones pode ser explicada pela quantidade de áreas rurais, fragmentando a presença do vetor. Por outro lado, a temperatura mais amena também tem contribuído para a redução de risco da infecção pelo mosquito transmissor.
Somado a isto, o trabalho incessante da equipe de Zoonoses na identificação das possíveis áreas de maior risco também têm tido importante papel preventivo para a minimização da ocorrência de novos casos. Todo caso notificado é amplamente investigado conjuntamente pelos órgãos de saúde municipais, na tentativa de identificar possíveis focos do mosquito e outros doentes na região para impedir que a doença se alastre por nosso território.
Todas estas ações conquistaram resultados relevantes, reduzindo a possibilidade de surtos da doença. Em 2010 tivemos 15 casos confirmados da doença, todos importados de outros municípios.
Estima-se que aproximadamente 80% das larvas estejam nos quintais das casas em pequenos recipientes como vasos de plantas ou mesmo em caixas d’água mal vedadas. É importante lembrar que é fundamental a participação da população, denunciando locais de possíveis focos do inseto para que seja feita uma correta avaliação.