Ato público pede instalação de CPI em Embu das Artes
Nely Rossany
Após a denúncia de que a cidade de Embu das Artes pode ter ligação com a Máfia do Asfalto, que fraudou licitações em diversas cidades do interior paulista, um ato público será realizado na Câmara de Embu das Artes hoje às 17 horas, pedindo a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
O objetivo do grupo, liderado pelo ex-candidato a prefeito e autor da denúncia, professor Toninho (Psol) é que os vereadores investiguem os contratos entre a Prefeitura de Embu das Artes e a empresa Demop, que faz parte do Grupo Scamatti, investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
Professor Toninho, do Psol, fez denúncias contra a atual administração de Embu das Artes
As empresas envolvidas na Máfia do Asfalto são acusadas de fraudar pelo menos 680 licitações em 62 municípios paulistas, que geraram contratos com valor total superior a R$ 112 milhões.
De acordo com a denúncia de Toninho, Embu das Artes é citada em planilhas encontradas na casa do contador do esquema. Nestas planilhas o nome de ‘EMBU’ aparece cerca de 45 vezes, com valores que, somados, atingem o total de R$ 2,3 milhões em propinas, segundo Toninho.
Toninho também cita em sua denúncia que uma empresa do grupo DEMOP, a Scamatti & Seller fez doações no total de R$ 200 mil para a campanha eleitoral do prefeito Chico Brito (PT), em 2012. E afirma que os contratos com a empresa em Embu somam R$ 30 milhões em obras de asfalto.
A prefeitura de Embu das Artes divulgou em nota oficial que nenhum político da cidade está sendo investigado “por qualquer órgão fiscalizador do poder público e que os contratos de obras de pavimentação na cidade estão plenamente regulares, seguindo os parâmetros da Lei de Licitações e Contratos”. Na nota também é dito que as denúncias infundadas feitas pelo partido de oposição são motivadas por disputa política e os envolvidos responderão por meio de processos judiciais.