Alagamentos na Régis Bittencourt viram triste rotina
O motorista que depende da rodovia Régis Bittencourt para chegar em casa, no trabalho ou na escola enfrenta uma triste rotina: os pontos de alagamento. Em Taboão da Serra, são pelo menos cinco locais que, assim que chove um pouco mais forte, se tornam intransitáveis. Em Embu das Artes e em Itapecerica da Serra o problema também é comum.
Nos últimos 30 dias a reportagem do Portal O Taboanense flagrou pelo menos seis alagamentos em datas alternadas. Nesta segunda-feira, dia 10, a rodovia ficou intransitável por pelo menos duas horas, o caos só não foi maior pelo horário, já que a chuva começou às 22h.
Foto: Eduardo Toledo
Régis Bittencourt ficou parada por quase duas horas em dois pontos da rodovia
Na sexta-feira, dia 7, os pontos de alagamento começaram às 18h, o que deixou um congestionamento de pelo menos seis quilômetros na rodovia, com reflexos no Parque Pinheiros, principalmente na avenida Paulo Ayres.
A rodovia é Régis Bittencourt está sob concessão da empresa espanhola OHL, que tem, pelo contrato assinado em 2008 com o Governo Federal, realizar uma séria de melhorias em toda a extensão da estrada. Nesses dois anos, poucas obras foram feitas no trecho que corta Taboão da Serra, onde o tráfego é mais intenso.
Com o alagamento desta segunda-feira, diversos ônibus ficaram parados. Nos pontos de ônibus do Centro, muitos moradores aguardavam a condução ansiosos. “Preciso chegar logo em casa, minha filha fica na casa da minha mãe e já está muito tarde, mas não passa um ônibus por aqui”, lamentou Cleonice Freitas, que trabalha como porteira de um prédio no Jd. Monte Alegre.
Os ônibus que Cleonice esperava estavam todos parados por causa dos pontos de alagamento. “Eu acho isso muito ruim , quem paga o pato é sempre o pobre”, critica. O motorista da linha São Judas/ Pinheiros, disse que só conseguiu cruzar a enchente depois de 40 minutos parado. “Essa é a última viagem da noite, hoje vai atrasar tudo”.