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Advogados defendem agilidade no julgamento da fraude no IPTU

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Redação

23/01/2012 00:00
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Após o juiz substituto Cláudio Campos da Silva anunciar que julgamento dos 26 acusados pela operação Cleptocracia seria adiado, alguns advogados falaram ao Portal O Taboanense que seus clientes preferiam que tudo acabasse logo, para que os réus possam seguir suas vidas com normalidade após a decisão.

José Vanderlei Santos, vice-presidente da OAB e representante dos réus Natal, Orlandino, Zottis e João Gilberto da Paz, diz que o adiamento acompanha o interesse de seus clientes, ele ainda fala sobre a acusação. “Não Há prova técnica de baixa de R$ 0,01 no IPTU de nenhum dos contribuintes, tudo é apenas suspeita".

Foto: Eduardo Toledo



O advogado Agnaldo Marigo disse que para a defesa não muda nada

Quanto ao papel da OAB no caso, o vice-presidente conta que normalmente o órgão não interfere de nenhuma forma em casos de julgamento, mas como é um caso de interesse do município, a OAB comparece. “A OAB compareceu apenas com função de acompanhamento porque é um fato que afeta o município".

Agnaldo Marigo, advogado dos réus Edgard Damiani e Turíbio expõe sua opinião. “Para minha defesa não faz diferença porque os réus preferem que o julgamento aconteça o mais rápido possível”.

Quanto à preparação de defesa, Marigo diz: “Pretendo provar que eles são absolutamente inocentes, o Edgar é uma pessoa de reputação, o Turíbio estava na Prefeitura há mais de 20 anos sem nada te acontecido contra ele, além disso, como ele pode ser culpado se não estava na administração quando tudo aconteceu, que foi em 2005?”.

Marco Antônio Amaral, representante de Carlos Andrade e Cláudia, também diz ser indiferente a protelação para ele por já ter uma cópia dos autos do processo desde o início, mas fala que entende o pedido de outros advogados. “Alguns advogados não tiveram acesso aos autos e sentiram necessidade de ter, mas agora com a digitalização tudo ficará mais rápido e fácil.”

Amaral participou no processo de digitalização com a ajuda de uma equipe. Os documentos já estão disponíveis em formato digital para outros advogados. Ele ainda fala sobre a sua defesa. “Acreditamos que nossos clientes são inocentes, boa parte da acusação é formada a partir de ilações”.

O advogado Ferdinando Montanari tem opinião contrária aos outros, achando favorável o cenário atual. “Foi excelente o adiamento para quebrar o cunho político, provavelmente o julgamento vai acabar só depois das eleições o que extrapola o interesse político. Alguém está por trás disso, não sei que é, mas sei que está”.

Acusação

As duas promotoras que estavam no Fórum de Taboão da Serra na manhã desta segunda-feira, dia 23, não encaram protelação do julgamento como um malefício para ninguém.

De acordo com as promotoras Natália Amaral Azevedo e Beatriz Lopes de Oliveira, responsáveis pela acusação no caso, elas acreditam que o adiamento não atrapalha em nada, por se tratar apenas uma ordem judicial a ser cumprida.

“Acredito que não prejudique ninguém porque são cerca de 60 ou 90 dias para voltar”, afirmou Beatriz Lopes de Oliveira.

 

 

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