Em 2010 a rodovia da morte, como é conhecida a Rodovia Régis Bittencourt, contabilizou uma morte a cada dois dias. Agora a estrada bate um novo recorde, foi eleita pelo sindicato das Empresas Transportadoras de Carga do Estado de São Paulo (Setcesp) a rodovia mais perigosa para caminhoneiros, com 353 ocorrências em 2010, quase um assalto por dia. Desde 2007 esse título pertencia a Dutra.

Para a Polícia Rodoviária Federal o número de roubo é de 170 e não 353 como aponta o Setcesp. As cidades de São Lourenço da Serra, Juquitiba, Itapecerica da Serra, Embu, e Taboão da Serra, que são cortadas pela rodovia Régis Bittencourt, estão entre os trechos mais atingidos pela ação dos assaltantes e os mais perigosos.

Foto: Eduardo Toledo

Rodovia Régis Bittencourt, na região central de Taboão da Serra

De acordo com o Setcesp, os criminosos atacam próximo aos locais de entrega da mercadoria e os receptores também são da região. A ação da polícia ajuda a inibir o crime em determinados trechos, mas a ação é paliativa, os criminosos mudam o trecho ou de rodovia.

A falta de iluminação, segurança e sinalização são apontadas como fatores determinantes que facilitam a ação dos marginais. Os congestionamentos constantes também contribuem a favor do crime.

Somente nos três primeiros meses de 2011, 72 pessoas já foram presas, segundo o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), elas estavam envolvidas em pelo menos 28 crimes de roubo e receptação de carga.

Para a Divisão de Investigações Sobre Furtos e Roubos de Carga e Veículos (Divecar), os criminosos se dividem em grupos, cada um fica responsável por uma ação roubar, intermediar a carga ou o caminhão roubado e os receptadores.