Home
›
De campeão a quase rebaixado, o que acontece com o Cats?
4 min de leitura
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa
cidade
No ano passado, depois de uma arrancada meteórica, Taboão da Serra superou todos os adversários com um time jovem, técnico, cheio de vontade e interessantes revelações. Ninguém segurou a equipe taboanense, mesmo jogando fora de casa a grande final, se sagrou campeão e encheu de orgulho a cidade.
Mantendo a mesma base, o Cats estreou neste ano na série A3 com status de campeão, fez uma preparação digna de clube grande, enfrentou em jogos treinos o Santos, Guarani, Ponte Preta e outros clubes tradicionais do futebol paulista. Mas como explicar uma campanha tão fraca neste ano?
Foto: Eduardo Toledo
Torcida do Cats é artigo raro nos jogos da equipe taboanense dentro de casa
O time não ia bem, mas logo na quarta rodada o técnico Índio foi mandado embora e depois disso uma série de mudanças no comando da equipe resultou em um quase rebaixamento. De quem é a culpa? Impossível determinar, mas uma certeza é latente dentro do Cats: agora é hora repensar patrocínios, parcerias e objetivos.
O Cats entra agora em um período “sombrio” do futebol paulista. Caso não participe da Copa do Interior, que será organizada pela Federação Paulista de Futebol no segundo semestre, a equipe provavelmente será toda desmanchada, porque não existe nenhum torneio até janeiro de 2012.
O Cats revelou bons nomes, principalmente aqueles que vieram da base, que são moradores de Taboão da Serra. O caso de Leandrinho, morador do Jd. Leme, talvez seja o mais emblemático, o jogador fez boas atuações em todo o campeonato e não foi contratado de outras equipes, ele surgiu na Copa São Paulo de 2010, vindo das categorias de base.
Desde o começo do campeonato, o presidente do Cats, Eduardo Nóbrega, dizia que o objetivo da equipe era permanecer na série A3. Apesar de ter conseguido o que imaginava, a equipe não correspondeu dentro de campo. A habilidade política de Nóbrega foi preponderante para que o time conseguisse disputar o campeonato sem ter um estádio com 10 mil lugares, exigência da Federação.
A proposta de ampliação do estádio para o próximo ano é fundamental para que o Cats tenha garantida a sua permanência na A3. Mas para que 10 mil lugares se a torcida dificilmente chega a 200 torcedores? Levar a torcida para as arquibancadas talvez seja a tarefa mais difícil para o próximo ano.
Outra incerteza que Taboão precisa resolver imediatamente é a questão com a parceria que mantém hoje o futebol profissional. Atos de insubordinação, dificuldades em negociações e até mesmo uma briga interna entre diretoria e parceiros levaram o clube a difíceis momentos, principalmente nos últimos jogos.
O Cats precisa definir de uma vez por todas qual é o apoio que recebe da prefeitura e da secretaria de esportes. Conta simples: tem apoio ou não tem? A partir daí, é hora de levantar a cabeça e seguir em frente.
O Cats é um patrimônio de Taboão da Serra, tem sua torcida, tem o apoio de boa parte da população e já revelou craques que brilham hoje nos gramados de todo mundo. O que todos esperam é que 2012 seja um ano mais vitorioso para a cidade.