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Prefeitura retira famílias de área de risco no Jd. Record

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Redação

09/12/2010 00:00
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A prefeitura vem colocando em prática o plano de remoção das famílias que se encontram em uma área de risco na rua cachoeirinha, no Jd. Record. Nesta semana, quatro casas foram demolidas, gerando muitos protestos dos moradores do local. “Querem tirar agente do nosso lugar, eles não podem fazer isso. Já estamos lá há quatro anos, agora querem tirar agente de lá. Isso está errado”, comentou pastor Paulo, um dos líderes do movimento.
A prefeitura informou que as 57 famílias foram notificadas desde o início da ocupação que se tratava de uma área de risco. E que no dia 26 de novembro houve uma assembléia para notificá-los oficialmente. “Todas as famílias foram cadastradas, eles assinaram um terno de acordo para receberem o auxílio aluguel no valor de R$ 250,00 pelo tempo que for necessário”, informou a prefeitura através da assessoria de imprensa.

Foto: Divulgação

Vereadores conversam com representante da prefeitura sobre a demolição de casas

Muitas famílias disseram que apesar do benefício do Bolsa Aluguel oferecido pela prefeitura, é quase impossível alugar uma casa com o valor, além da dificuldade de achar um imóvel. “Quando a gente acha, o proprietário faz muitas exigências e a gente não consegue fechar o negócio”, diz Cristina Alves.
Na tarde da última terça-feira, dia 7, quando as casas que já foram desocupadas começaram a ser demolidas, uma comissão de vereadores foi até o local a pedido dos moradores. “Não adiante virar as costas para o povo quando ele mais precisa. Ninguém tem que sair correndo”, disse Paulo Félix.
Segundo a prefeitura, as casas são demolidas por estarem em uma área de risco e para que ninguém ocupe o local após a saída das famílias. A assessoria da prefeitura ainda informou que no local será construído um muro de contenção e uma praça, a verba do governo federal já está disponível. “Na rua Antonio Conselheiro [próximo ao local] será construído um conjunto habitacional que irá abrigar as 57 famílias”.
Os vereadores Paulo Félix, Carlos Andrade, Olívio Nóbrega e Walter Paulo, que foram até o local acompanhar os trabalhos da prefeitura a pedido dos moradores,  prometeram conversar com o prefeito Evilásio Farias sobre a situação. “Temos que pensar em outras soluções, o bolsa aluguel é uma medida paliativa”, afirmou Carlos Andrade.

De acordo com os moradores foi estabelecido um prazo até o dia 12 de dezembro para que as famílias deixem o local. “Temos até o dia 12 para alugarmos uma casa, mas não estamos encontrando no valor do auxílio aluguel, é muito pouco, além do mais existem algumas imobiliárias que não querem alugar quando sabem que é a prefeitura que vai pagar. Estamos desesperados”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.

Foto: Divulgação

Moradora observa casa demolida pela prefeitura: "aperto no coração"

A assessoria de imprensa da prefeitura comunicou que não foi estabelecido um prazo, porém as famílias precisam deixar suas casas porque estão correndo riscos. “Temos um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) condenando o local. De acordo com esse laudo a área é de risco três, numa escala que vai até quatro, ou seja, o risco é muito alto, existem muitas casas em situações precárias, nossa maior preocupação é preservar vidas”, informou. 

Ainda esta semana será apresentado aos moradores o projeto do conjunto habitacional aonde eles irão futuramente morar, porém não há um prazo para o início das obras. O prédio terá cinco pavimentos, com apartamentos terão 40m², dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro.

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