Polícia acredita ter solucionado morte de aluno no Embu
“É uma situação muito delicada, as evidências são muito grandes, mas estamos falando de uma criança, estamos pedindo que o menino suspeito seja ouvido por um psicólogo”, disse um dos investigadores que trabalha no caso. No fim da semana passada, a Polícia Civil realizou uma perícia na mochila do garoto suspeito, mas o objeto foi lavado.
Os pais do menino suspeito, que moram em Taboão da Serra, negam que tenham uma arma e dizem que o filho não é o culpado pelo incidente que matou Miguel. De acordo com a Polícia Civil o fato está sendo tratado como homicídio, o tiro foi dado à queima roupa de uma arma calibre 38, mas o polícia acredita que tenha sido acidentalmente.
Segundo depoimento de uma aluna, após ouvir o barulho do tiro ela teria visto o suspeito guardar a arma na mochila. O delegado Carlos Roberto Ceroni, da delegacia de Homicídios da Seccional de Taboão da Serra, determinou que fosse realizado uma vistoria na casa do aluno suspeito, recolher mochilas e uniformes para que sejam periciados.
As identidades estão sendo preservadas para não atrapalhar a investigação. A arma do crime não foi encontrada, fato que dificulta ainda mais o trabalho da Polícia. “Isso é um mistério”, disse o delegado sobre o desaparecimento da arma. O fato de terem limpado a cena do crime também prejudicou as investigações. Na escola não há câmaras de vigilância. A avó de Miguel diz que a escola está tentando acobertar o que aconteceu.
Nesta segunda-feira (4), o colégio realizou uma reunião com pais de alunos para esclarecer dúvidas sobre o ocorrido. Segundo a assessoria do colégio, cerca de 90% dos pais e responsáveis participaram da reunião, eles foram informados sobre as providências tomadas e o andamento do inquérito. A sala onde aconteceu o crime não será mais utilizada para aulas, e os alunos terão acompanhamento psicológico.