Home

MTST promete marcha até a Câmara Municipal nesta terça-feira

3 min de leitura
Foto do autor

Redação

13/04/2010 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

 

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), promete realizar um grande protesto na noite desta terça-feira, dia 13, durante a sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra. Segundo Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento, a intenção com a marcha e alertar o Poder Legislativo par a questão habitacional da cidade.

Segundo informações levantadas pelo Portal O Taboanense com exclusividade, a marcha contará com mais de 300 pessoas do movimento e começa por volta das 17h. Os integrantes do MTST vão caminhar pela Estrada São Francisco e depois subir a Av. Dr. José Maciel, até chegar a Câmara Municipal.

Foto: Eduardo Toledo

Acampamento do MTST tem cerca de 200 barracos erguidos

De acordo com Boulos, o protesto será pacífico. “Queremos o apoio dos vereadores nessa nossa luta. Não quer construir uma favela, mas sim uma comunidade, um conjunto habitacional que servia de modelo para outras ocupações”, garantiu. O MTST ocupa há quase 20 dias um terreno de 85 mil metros quadrados no Jd. Helena.

O terreno particular pertence ao empresário Paulo Colombo. No ano passado, o prefeito Evilásio Farias decretou a área como sendo de interesse social. Segundo o movimento, até agora não houve nenhuma manifestação jurídica do proprietário para a saída do MTST do local ocupado.

Negociações

Enquanto as famílias permanecem no local, a liderança do movimento busca negociações com a Caixa Econômica Federal e com a CDHU. Segundo Boulos, existe uma negociação avançada em relação ao projeto Minha Casa Minha Vida. “No Estado de São Paulo existe uma complementação de 20 mil reais, além dos 52 mil que são financiados pela Caixa. Com esse dinheiro abre a possibilidade para a construção das moradias e também a compra do terreno”, comemora.

O MTST acredita na área seja possível a construção de até 1.300 unidades habitacionais. “As negociações estão bem adiantadas, havendo vontade política, podemos implantar um projeto modelo em Taboão da Serra”, diz Boulos. Em relação a uma possível desocupação do terreno, o líder do movimento é enfático: “as famílias que estão na ocupação estavam em casas de família, ou foram despejados, essa gente não tem como sair daqui, não têm para onde ir”.

Essa é a segunda vez que o MTST ocupa a área. Em 2005 o movimento ficou no local por cerca de oito meses, até que a justiça ordenasse a reintegração de posse para o proprietário.

Notícias relacionadas