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Homem é preso acusado de torturar o próprio filho em Itapecerica da Serra

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Redação

05/04/2010 00:00
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Tassia Moretz
O servente A. A. C., de 23 anos, foi preso em flagrante, por volta das 12h30 de sábado, dia 3, acusado de torturar seus dois filhos, uma menina de três e um menino de quatro anos de idade. A tortura acontecia na casa da família, localizada no Jardim Branca Flor, em Itapecerica da Serra.

A Polícia Militar foi comunicada via Centro de Operações da PM (Copom) para atender uma denúncia de maus tratos. Ao chegar ao local, os policiais viram o casal, que estava parado em frente à residência, correr para dentro da casa. A mulher do suspeito foi vista tentando desamarrar o filho, que estava com um cinto no pescoço, ligado à uma corda atada à uma das vigas do teto da casa. Logo que viram o menino amarrado, os policiais militares retiraram imediatamente a corda e o cinto do pescoço da criança.

Questionado sobre o motivo de ter amarrado o filho, o acusado disse que era um castigo pelo menino ter feito a mesma coisa com a irmã mais nova, de três anos. O filho do servente disse à PM que constantemente apanhava e era sempre amarrado pelo pai – e que a mesma coisa acontecia com sua irmã menor. O menino também disse à polícia que naquele mesmo dia já tinha levado um tapa na cara e outro na cabeça. Ele contou que para bater, o pai utilizava uma vara de bambu e um cinto.

Na delegacia, o menino disse ao conselheiro tutelar que já foi amarrado com uma corrente a um pedaço de pau, e respondeu que o pai batia em suas pernas e cabeça. Algumas testemunhas contaram que o pai da criança se referia a ela como um cachorro, e que estalava os dedos para chamar o filho.

Após ouvir as testemunhas, avistar as crianças em presença do Conselho Tutelar, e, com base nos aspectos objetivos do caso – principalmente nas condições a que foram submetidas as crianças – o delegado responsável deu voz de prisão em flagrante delito para A.A.C., pelo crime previsto na Lei 9455/97. Foi acionada perícia para o local. Dois cintos e duas cordas, utilizados para torturar as crianças, foram apreendidos.

As crianças receberam a guarda provisória de uma tia materna, mediante termo de responsabilidade, emitido pelo Conselho Tutelar.

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