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Número de trotes para o Samu diminuiu 27% em 2009

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Redação

26/03/2010 00:00
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Um crime repetido 6026 vezes no ano passado não é motivo de comemoração, mas esses dados representam uma queda de 27% no número de trotes feitos no telefone 192, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A falsa comunicação de ocorrência é crime previsto no Código Penal, mas mesmo assim muitas pessoas colocam em risco a vida de quem realmente precisa ser atendido em uma emergência.

Apesar da queda acentuada não ser comemorada pelo Secretário de Saúde José Alberto Tarifa, a diminuição dos casos mostra que as medidas tomadas para diminuir essas ocorrências estão funcionando. Em 2008, o número trotes recebidos pelo Samu foi de 8145 durante todo ano. Já em 2009, as falsas comunicações caíram para 6026.

Foto: Divulgação | W. Raeder

Trotes feitos para o Samu coloca vida de moradores em risco 

“Ainda é um número muito alto, mas mostra uma tendência de queda. Passamos a gravar as ligações e a identificar o número de onde parte o trote. Isso ajuda a intimidar, mas agora a GCM vai começar um trabalho de repressão, tentando identificar os autores dos trotes”, garante José Alberto.

Além de gerar um custo desnecessário com o deslocamento das ambulâncias, os trotes também atrapalham a eficiência do Samu, que em Taboão da Serra demora cerca de oito minutos para atender uma ocorrência. “Sem dúvida atrapalha muito o serviço, porque, além do custo, ficamos com aquela ambulância presa em uma falsa ocorrência”, diz o secretário.
 
De acordo com José Alberto, na maioria das vezes o atendente do Samu consegue detectar que a ligação é um trote. “Algumas vezes a ambulância chega a sair par atender a falsa ocorrência. Depois que começamos a gravar as ligações e o atendente informa sobre a gravação muitas pessoas desligam na hora com medo de serem identificadas”, afirma.

A grande maioria dos trotes é feita de telefones públicos e a ligação para o 192 é gratuita. A Secretaria de Saúde já solicitou para a Telefônica a lista com os números de todos os telefones públicos, com endereço, para que a atendente já possa identificar de onde está sendo feita a ligação.

O secretário José Alberto disse também pretende realizar uma campanha de conscientização. “Estamos tomando diversas medidas para diminuir esse problema, mas o que a gente precisa mesmo é conscientizar a população. O Samu salva muitas vidas, não se pode brincar com isso”, lembra.
 

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