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Moradores brigam durante sessão da Câmara Municipal

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Redação

10/03/2010 00:00
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Quem esperava que a sessão da Câmara fosse calma como na semana passada, se enganou. A confusão foi grande. Muitos moradores estiveram presentes para, mais uma vez, protestarem contra o aumento abusivo do IPTU. Mas desta vez o feitiço virou contra o feiticeiro, e dois líderes do movimento acabaram se atracando em pleno plenário da Casa de Leis.

A sessão começou com três munícipes utilizando a Tribuna Popular, o primeiro foi o empresário Edson Emaq, um dos “pais” do movimento, que criticou o comportamento dos manifestantes na Sessão Solene, que aconteceu no dia 23 de fevereiro no Cemur. O professor Narciso, outro líder do movimento foi o principal alvo dessas críticas. O plenário se manifestou contra Emaq, chamando-o de vendido e traidor.

Foto: Rose Santana

O empresário Edson Emaq (esq) é afastado da confusão pela GCM

“Foi uma manifestação pobre, ridícula. Vocês estão fazendo política. Sou contra essa palhaçada”, disse Emaq, que estava indignado com as vaias dadas durante a entrega da medalha 19 de fevereiro. O empresário acabou sendo vaiado pelo movimento e do alto da tribuna chamou Narciso, o mais exaltado, de “palhaço” e “otário”.

Ao descer da Tribuna, Edson Emaq e o professor Narciso travaram outro bate-boca que terminou com empurrões, chutes e mais ofensas. Antes que ambos partissem para uma briga mais violenta, a turma do “deixa disso” acalmou os ânimos. O presidente da Câmara, José Luiz Elói, pediu calma e defendeu o empresário. A GCM foi chamada e acalmou os ânimos que estavam exaltados.

“Concordo com ele (Emaq) que a manifestação feita no Cemur foi mal educada. Local de manifestação é aqui na Câmara. Aqui é onde a política é discutida”, falou o presidente da Câmara.O segundo munícipe a falar na Tribuna foi Sandro, da Juventude do DEM, e ele não poupou críticas. “Não tenho que pedir desculpas pela manifestação do dia 23. Os homenageados eram cabos eleitorais”, e continuou, “que marca de governo esse prefeito vai deixar?”, concluiu.

Evandro Garcia foi o último munícipe a falar na Tribuna, e mais uma as críticas contra o aumento do IPTU foram feitas. “O povo pode se manifestar em todo espaço público, segundo a Constituição Federal. O Cemur é um espaço público. A manifestação foi a revolta da população”, disse.

Os vereadores também fizeram uso da Tribuna para se defenderem das críticas. O primeiro foi o vereador Natal. “Aqui ninguém vota projeto sem ler. Aqui tem moral e tem respeito, nessa Casa de Lei tem que ter respeito”, disse.

Com um discurso mais efusivo, Paulo Félix, criticou a atitude de alguns manifestantes. “Quando se fala em negociação tem que ir com o espírito desarmado, tem que estar disposto a ceder, mas nem sempre as duas partes estão dispostas, e às vezes querem ganhar no grito. Esse movimento agora é político. Eu já disse anteriormente, se o movimento partir para a violência ele perde a legitimidade”.

Em resposta a advogada Júlia Collet disse aos manifestantes que o movimento está fazendo política mesmo e alertou os manifestantes para que fiquem atentos com as pessoas que estão fazendo a revisão do IPTU, segundo ela, não são pessoas credenciadas.

“Estamos fazendo política sim, política social e de cidadania. Quando forem à residência de vocês para fazerem a revisão, peçam a credencial, que apresentem os critérios da revisão. Essas pessoas não são credenciadas pelo CREA para essa função”, disse.

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