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Moradores se revoltam com enchentes e pedem isenção de IPTU

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Redação

01/12/2009 00:00
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 Por Bruno Anderson da Gazeta SP

Os moradores das ruas Getulio Vargas, Carmo e José Soares de Azevedo, região no centro de Taboão da Serra mais afetada pelas chuvas, ficaram revoltados com as enchentes que deixaram as vias submersas, em apenas 40 minutos de chuva. Entrevistados pela reportagem, todos foram unânimes em dizer que é necessário ações do poder público para minimizar o impacto das enchentes na região.

O comerciante José Carlos Siafara, 38, disse que há 10 anos o problema acontece no mesmo lugar e “a cada chuva a justificativa é a mesma. Dessa vez, não temos o que reclamar a Prefeitura de Taboão agiu rápido e a limpeza foi correta. Mas é preciso pensar numa parceria com o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo para resolver o problema desse córrego (Pirajuçara). Toda vez é mesma coisa. Choveu menos de 40 minutos e já foi suficiente para inundar casas e deixar carros submersos. Tem algo de errado nisso”. 

Foto: Sérgio Cardoso | Portal O Taboanense

Moradora tira lama e entulho da frente de sua casa na rua José Soares de Azevedo

Para Fátima Aparecida Ferri, 52, a população não “agüenta mais passar por enchente. Entra ano e sai ano e acontece a mesma coisa. Nós já estamos cansados de ficar no aguardo de soluções que nunca chegam até nós”. De acordo com o assessor de imprensa da prefeitura, Mario de Freitas, a região central geralmente é a mais afetada, pois está na zona de confluência entre os córregos Poá e Pirajuçara. “Como choveu na cabeceira do Poá e do Pirajuçara toda essa água vazou para o centro. O volume de água foi muito grande e o piscinão acabou não dando conta”.

Um dos moradores mais antigos da rua José Soares de Azevedo, Armando Russo, 78, disse que o problema das enchentes já dominou o centro de Taboão. “O que mais tem aqui nessa época é enchente. Qualquer chuvinha que der já é suficiente para entupir os bueiros e transbordar esse córrego que passa atrás das casas. É necessário uma ação mais forte da prefeitura porque estamos no meio de tudo isso. Aqui tem crianças, idosos que não podem ficar nessa situação”.

Outra reclamação feita pelos moradores é com relação à cobrança de IPTU feita pela prefeitura. “Em 2005 teve uma chuva aqui que deixou as ruas e casas três metros debaixo de água. O prefeito veio, fez reunião com todos nós e ficamos isentos de pagamento. Só que este ano voltamos a receber o carnê de IPTU de novo e vamos ter que pagar. Aqui está todo mundo sem entender nada. A Sabesp também passou a cobrar taxa de esgoto. Enfim… Não sabemos a quem recorrer”, disse Rosa Maria das Neves, 48.

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