Swat treina policiais civis em São Paulo
No comando da missão esta o major Armando Guzman, policial do setor de operações especiais da Swat, com 700 missões no currículo. A especialidade dele é tiro à distância – ou ‘sniper’. Com 23 anos na unidade policial, o major vem ao curso realizado no Brasil desde a primeira edição, em 1990. Também veio em 1996, 2000, 2005 e 2009.
Além do major Guzman, mais seis instrutores e um paramédico da Swat estão no treinamento. Entre os treinadores está Mauricio José Lemos Freire, único instrutor brasileiro da unidade policial norte-americana e delegado de polícia do Serviço Aero-Tático da Polícia Civil. O policial, de 54 anos, tem 32 anos na polícia judiciária paulista. Ele é instrutor da Swat desde 1988.
Treinamentos
No treinamento específico de tiro, por exemplo, há 2,1 mil disparos. Se o aluno errar um deles, está automaticamente reprovado. Freire defende o rigor desse módulo. "Um só tiro errado e o aluno não será perdoado. Está automaticamente reprovado. Quanto vale esse erro?", questiona o delegado.
Segundo o major Guzman, "o objetivo número um das grandes operações é a salvação de vidas. Missão com morte, mesmo que seja de criminoso, pode ser cumprida – mas não é exitosa. "O tiro letal é o último recurso", comenta.
Os policiais e oficiais que participam do treinamento, segundo o delegado do Serviço Aero-Tático, ainda acabam influenciando no departamento em que trabalham e também nos treinamentos da Polícia Civil. "Muito da base desse curso é repassada na Acadepol", comenta Freire.
Campus II da Acadepol
Para Freire, graças ao Campus II, o treinamento da Swat deste ano não terá a necessidade de ser realizado em várias cidades. "Agora tudo esta centralizado em Mogi", comemora.
Fábio Portugal e Raphael Marchiori