Prefeitura deve arrecadar menos do que o esperado em 2009

Apesar do mercado financeiro já dar sinais de recuperação, a crise mundial atingiu em cheio os municípios e os reflexos da recessão estão sendo vistos agora. Até o segundo quadrimestre deste ano, a prefeitura arrecadou apenas 59,20% do esperado para o ano, a expectativa era que até o final de agosto esse número fosse de pelo menos 67%.

 

Segundo Maruzan Corado, Secretário de Finanças, o orçamento para 2009 era algo em torno de R$ 337 milhões. “Devemos arrecadar cerca de 90 ou 95% desta estimativa, tivemos que reduzir o custo da máquina para nos adequarmos a nova realidade”, afirma. Pelos dados da secretaria, Taboão da Serra deixou de arrecadar R$ 35 milhões nos dois primeiros quadrimestres do ano.

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Maruzan (ao fundo) durante reunião na Câmara Municipal em setembro deste ano

 

“Apesar da queda na arrecadação não suspendemos nenhum serviço e também não demitimos funcionários, como outros municípios tiveram que fazer”, lembra Maruzan. Segundo o secretário, a maior queda foi no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. “Perdemos verbas do FPM, mas nossa participação do ICMS, graças a redução do IPI, aumentou e se não equilibrou, nos ajudou a manter uma arrecadação média”.

 

A prefeitura vem apertando os cintos para conseguir manter todos os serviços da cidade em pleno funcionamento. A arrecadação no período foi de 59,20% e os gastos de R$ 58,62%. “Não estamos fazendo grandes obras e nem grandes despesas porque não podemos. É como no orçamento doméstico, temos que cortar o que é menos importante”, diz Maruzan.

 

O Governo Federal, por exemplo, vem amargando 10 meses seguidos de queda na arrecadação. Esses números negativos começaram a refletir nos municípios agora. Em agosto, a prefeitura do Embu demitiu 400 funcionários livres nomeados para conseguir se enquadrar na nova realidade economica que os municípios estão vivendo.

 

Maruzan Corado afirma que a expecativa é que Taboão da Serra atinja a mesma arrecadação do ano passado. “Tivemos a inauguração de novos serviços, o que acaba sendo um custo a mais para o município, por isso estamos tendo que nos adequarmos. Cada centavo economizado é muito importante”, salienta.