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Investimento em saneamento em Itapecerica vai contribuir com despoluição da Guarapiranga

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Redação

18/03/2009 00:00
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A represa Guarapiranga, que abastece Taboão da Serra, irá receber novos investimentos do Governo do Estado no projeto que prevê a despoluição das suas águas. Nesta terça-feira, 17, o governador José Serra, acompanhado da secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, do presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, e de prefeitos da região, anunciou duas obras de esgotamento sanitário que vão contribuir para a despoluição.
 
A primeira prevê a construção de uma rede coletora de esgotos na região de Mombaça-Crispim, no município de Itapecerica da Serra. A segunda dá conta das interligações das redes do sistema de esgotamento sanitário ao coletor Embu-Mirim. “Não são obras que se vê, mas são obras cujos efeitos se sente muito. Nós estamos dando grande prioridade nisso”, ressaltou o governador José Serra em discurso durante a cerimônia realizada nesta tarde.

Foto: Divulgação

O governador José Serra durante cerimônia em Itapecerica

 
As obras, que integram o Programa Mananciais – Vida Nova, aumentarão, em dois anos, os índices de coleta e tratamento em Itapecerica da Serra de 4% para 50%, ajudando a despoluir a Guarapiranga. Até outubro de 2009, devem ser bombeados 333 milhões de litros/mês para tratamento. Tanto as obras de Mombaça-Crispim como as interligações beneficiarão diretamente 90 mil pessoas e, indiretamente, 3,7 milhões de pessoas abastecidas pela Guarapiranga.
 
A obra denominada Mombaça-Crispim tem investimento de R$ 20 milhões e compreende a construção de coletores-tronco numa extensão de 8 km, três estações elevatórias, 3,3 km de linhas de recalque, 44 km de rede coletora e 5.350 ligações domiciliares. Os bairros beneficiados serão Jardim Horacina, Jardim Jacira, Analândia, Jardim do Éden, Mombaça, Santa Júlia, localizados na região de Mombaça-Crispim, na divisa de Itapecerica da Serra com Embu-Guaçu. São bairros vizinhos de São Paulo, em região atendida pelo sistema coletor já interligado ao sistema Barueri, ou seja, o esgoto passará a ser coletado e conduzido imediatamente para tratamento.
 
No mesmo evento, o Governo do Estado anunciou o início das obras de interligações das redes do sistema de esgotamento sanitário ao coletor Embu-Mirim, que são complementares ao Projeto Tietê II. Essas obras, no valor de R$ 1,5 milhão, trarão melhorias das condições sanitárias e, assim, da qualidade de vida da população. Os bairros beneficiados na região do Embu Mirim são Centro, Paraíso e Nissalves.
 
A secretária Dilma Pena esclareceu à população que acompanhava os discursos em Itapecerica que “recuperar e preservar a represa do Guarapiranga é também melhorar a qualidade de vida da população”.
 
Ações na Guarapiranga
 
As ações desta terça-feira é apenas mais uma das frentes que concentram esforços de vários órgãos do governo estadual numa força-tarefa que tem como missão recuperar e manter a qualidade ambiental da Guarapiranga. Coordenado pela Secretaria de Saneamento e Energia, o Projeto Billings Guarapiranga inclui urbanização de favelas, o reassentamento populacional e a expansão de infraestrutura básica, sobretudo sanitária.
A meta é concluir o programa em 2011, quando serão urbanizados 45 núcleos habitacionais, espalhados por uma área de 1,1 mil hectares, o que vai beneficiar 44.940 famílias. Também serão reassentadas 3.910 famílias. As obras vão incluir 42 quilômetros de drenagem e canalização, 112 quilômetros de sistemas de abastecimento de água e 186 quilômetros de redes de coleta de esgoto sanitário.
 
Outro programa, batizado de Operação Defesa das Águas, lançado em março de 2007, fruto de uma parceria entre Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo, consiste num conjunto de medidas com a finalidade de impedir novas invasões e depredações dos mananciais que abastecem a população e das matas da cidade. A operação foi iniciada pela zona sul da capital, atacando o problema primeiramente nas regiões das represas Guarapiranga e Billings.
 
As obras de construção do trecho sul do Rodoanel também incluem compensações ambientais que beneficiarão diretamente o meio ambiente da região e, conseqüentemente, a qualidade da água. Pelo projeto, serão recuperados mais de 5,4 mil hectares com a criação de quatro unidades de conservação, plantio de mudas nativas, reflorestamento de áreas degradadas e ampliação de parques. O investimento previsto é de R$ 173 milhões.
 
Algumas cidades já haviam recebido do Governo do Estado, na semana passada, uma série de equipamentos para cuidar da limpeza dos mananciais.

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