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“Boqueiros” acreditam na impunidade
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Apesar de ser um crime eleitoral grave, os chamados “boqueiros” não acreditam que serão punidos, pelo menos essa é a opinião de oito pessoas que estão trabalhando para candidatos em diversos locais de votação que foram ouvidos pela reportagem do Portal O Taboanense.
Um deles chegou até a ironizar: “manda a polícia prender bandido, eu estou trabalhando”, Quando o repórter disse que a prática era crime, ele respondeu: “desde quando distribuir papel é crime?”. Segundo o rapaz, que tem 19 anos e estava em frente a escola Wandick de Freitas, o candidato que contratou pagou R$ 40,00 e um lanche.
Foto: Eduardo Toledo
Boqueiros presos pela Polícia brincam com o fotógrafo: "filma aqui"
Uma outra mulher que fazia boca de urna na frente do Wandick de Freitas afirmou que toda a eleição ela faz esse tipo de “trabalho”. “Toda eleição eles falam que a gente pode ser preso, mas nunca deu em nada”, diz convicta. Ela recebeu R$ 35,00 do candidato a vereador. “Eu não voto nele não, só peço voto”, garante.
Após a prisão de dois “boqueiros” na escola Roberto Pacheco, o ônibus que levava mais de 20 pessoas presas por fazerem boca de urna passou pela reportagem. Pelo menos sete jovens que estavam presos ainda brincaram: “aí tio, filma a gente aqui”. Outro gritou: “oba, vamos aparecer na Globo?”.
Segundo levantou a reportagem do Portal O Taboanense, o dinheiro para cada boqueiro variou muito de candidato para candidato. Uns dizem ter recebido R$ 30,00 e outros até R$ 60,00.