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Polícia do Embu prende homem acusado de abusar das próprias filhas
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03/10/2008
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cidade
O desempregado João Calixto de Jesus, 47 anos, foi preso ontem à tarde no município de Embu das Artes acusado de manter relações sexuais com as duas filhas, J.H.J., 11, e A.T.H.J.,13 anos. Ele também é acusado de espancar a esposa e maltratar os outros filhos. Ele vai responder pelos crimes de agressão e conjunção carnal com menor. João Calixto foi preso depois de ser denunciado pela esposa, Claudete Onório de Sousa, 38 anos, que havia sido espancada pelo marido na véspera da prisão.
O casal tem 12 filhos e vive numa modesta casa, de apenas dois cômodos, no Jardim Santo Antônio, na periferia do Embu. Os policiais que prenderam o acusado recolheram de sua residência um facão utilizado por ele para espancar e ameaçar os filhos e a esposa e um cachimbo artesanal que ele usava para se drogar. Eles disseram que ficaram surpresos com o fato do casal e dos 12 filhos dormirem em apenas duas camas.
Foto: Sandra Pereira | Portal O Taboanense
Os Policiais Militares que prenderam o acusado no Embu
O acusado está detido na delegacia da Mulher e deverá permanecer preso até o julgamento. Logo depois da prisão as crianças foram encaminhadas para o IML onde realizaram exame para constatar se houve conjunção carnal. O caso será acompanhado pelo Conselho Tutelar do Embu.
“No caminho até a delegacia a mãe relatou que ele abusava das crianças, batia e consumia drogas diante delas. Ela contou que as meninas eram obrigadas a massageá-lo constantemente. Na noite anterior ele bateu novamente na mulher e foi então que ela resolveu denunciar tudo”, afirmou o sargento PM, Valério, responsável pela guarnição que efetuou a prisão do acusado.
A delegada Floralice do Carmo Nunes da Silva disse que as meninas confirmaram que há cerca de um mês, quando a mãe ficou hospitalizada por 28 dias, o pai começou a molestá-las sexualmente.
Segundo a denúncia, desde que Claudete Onório retornou a casa percebeu que ele ficava pedindo que as meninas massageassem o corpo dele. “A mãe contou que não gostava disso e agüentou calada o tanto que pode”, lembra a delegada, segundo ela a mulher aparenta estar bastante perturbada com o ocorrido.
Floralice do Carmo revelou estar chocada com a banalização deste tipo de crime na região. “A cada dia me surpreendo mais com a banalização de ocorrências deste tipo”, salienta.