EM ALTA
Home

Polícia prende mãe e padrasto acusados de torturar menina de 3 anos

4 min de leitura
Foto do autor

Redação

05/09/2008 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade
A polícia de Taboão da Serra prendeu nesta terça-feira, dia 2, o casal que confessou torturar uma menina de 3 anos com choques elétricos. Bárbara Stephanie, 18 anos, mãe da criança, está presa na Cadeia Pública de Itapevi. O padrasto da menina, o montador de móveis Jorge Henrique Gregório, 23 anos, foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra.
 
O casal estava foragido desde o dia 26 de agosto, quando a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois. Ambos estão sendo indiciados por tortura e maus-tratos. O casal  havia confessado os maus-tratos para o Conselho Tutelar da cidade após denúncias da própria avó da criança, que mora em Embu-Guaçu.

Foto: Arquivo do Portal O Taboanense

Centro de Detenção de Itapecerica onde está preso o padastro da criança

 

A prisão do casal aconteceu após Bárbara ligar para o Conselho Tutelar na última segunda-feira à tarde. “Ela queria ver a filha”, disse um conselheiro que pediu para não ser identificado. O encontro foi marcado, mas ao chegar no local com o marido, foi surpreendida por uma equipe da Garra.
 
Já na delegacia, o casal confessou que estavam morando na rua porque tinham medo de serem linchados por causa da grande repercussão do caso. Quando foram presos, o casal chorou muito.
 
Entenda o caso
 
O padastro da menina, Jorge Henrique Gregório, confessou que agredia constantemente a criança. Ele contou que quando a menina ligava a televisão, sem a sua autorização, ele enrolava nos pulsos dela uma corrente de ferro e depois colocava fios desencapados na tomada, causando choques. A mãe também contou que usava uma vara para bater na menina, que tinha marcas de espancamento nas pernas e nos braços.
 
Quando o caso foi descoberto, no dia 20 de agosto, o conselheiro tutelar Rodrigo Vieira Martins disse ao jornal Diário de S. Paulo que o padrasto disse que fazia isso porque ela não era filha dele. “A menina contou que ele dava choque elétrico nela. Depois, dava banho gelado e deixava a menina nua e virada para a parede, de castigo”, afirmou Rodrigo ao periódico.
 
Família fez a denúncia
 
A denúncia de maus-tratos feita para o Conselho Tutelar partiu de familiares da criança. A avó da menina, Isabel Cristina da Silva, 41 anos, descobriu as agressões após a neta passar um dia em sua casa, em Embu-Guaçu. “Ela contou para a tia que o padrasto dava choques se ela ligasse a TV”.
 
A avó ainda disse que as agressões contra a menina começaram em maio, depois que Bárbara foi morar com Gregório. “Ela sempre foi uma criança feliz. De uns tempos pra cá, começou a ficar quietinha, parou de sorrir. A minha neta virou um bichinho, coitadinha”, afirmou.
 
Para a avó, a filha tem que pagar pelo que fez. “Não desejo mal pra minha filha. Mas o que ela passar é castigo pelo que fez. Não se troca uma filha por um homem”.

Notícias relacionadas