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Taboanenses sofrem com congestionamentos na cidade
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Os congestionamentos estão se tornando uma rotina nas principais vias de Taboão da Serra. O problema é relativamente novo, mas já é considerado incômodo pela maioria dos taboanenses, que diariamente enfrentam os transtornos provocados por ele. O local de maior incidência é na BR-116, em direção ao Centro da cidade, nos horários de pico. Mas, eles também ocorrem freqüentemente no retorno do Parque Pinheiros e na Estrada Kizaemon Takeuti.
Quem enfrenta os congestionamentos diariamente critica a gestão do tráfego na cidade. Os semáforos instalados na região da Praça Nicola Vivilechio são os principais alvos das críticas, já que segundo os motoristas, eles são os responsáveis pelos engarrafamentos constantes no local.
Foto: Eduardo Toledo
Engarrafamento na Rébis Bittencourt, no último dia 22 de agosto
Logo no começo da manhã, quando um número elevado de veículos trafega pela Régis Bittencourt, o trânsito fica lento a partir da passarela localizada em frente ao shopping Taboão. Quem sofre com o problema relata que chega a gastar mais de meia hora para percorrer o trajeto compreendido entre o shopping e começo da Avenida Professor Francisco Morato, em São Paulo.
Nos finais de tarde os congestionamentos voltam a se repetir na rodovia. Quando ocorrem acidentes ao longo da BR a situação se complica ainda mais. Nessas ocasiões, a lentidão do tráfego soma-se a curiosidade dos motoristas que acabam indo ainda mais devagar para ver o que houve.
O comerciante Gilson Rocha, mora no Jardim Saint Moritz, e trabalha no Jardim Monte Kemel. Ele reclama que por causa dos congestionamentos gasta entre 30 a 40 minutos de sua casa até o trabalho. “Quando não tem trânsito chego ao trabalho em menos de 10 minutos”, argumenta.
Para ele, a alternativa para acabar com os congestionamentos no centro da cidade é reduzir a quantidade de semáforos e investir na construção de um túnel na região central, similar o que existe no Ibirapuera. “Agora que a Régis foi privatizada é o momento ideal para investir nessa obra”, pondera.
Mesmo os que defendem a importância dos semáforos instalados no centro da cidade salientam a necessidade de se buscar alternativas para melhorar o tráfego nos horários de maior movimentação. “A gente gasta até 40 minutos num trecho que não levaria nem cinco. É preciso ter uma paciência enorme para suportar isso todos os dias”, afirma Maurício Soares.
Na tentativa de fugir do problema muitos motoristas optam por desviar pelo Parque Pinheiros, onde os engarrafamentos também começam a se tornar rotina. “O trânsito de Taboão está cada vez pior”, dispara Sueli Santos, moradora do Jardim São Judas.
Foto: Eduardo Toledo
Estrada Benedito Césario de Oliveira também é motivo de reclamação dos motoristas e internautas do Portal O Taboanense
O secretário Municipal de Trânsito, Claudinei Pereira, afirma que os congestionamentos registrados na Régis são pequenos em comparação ao das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, por exemplo. Ele garante que o problema não é decorrente dos semáforos instalados na região central, já que eles são inteligentes e não travam o trânsito.
“A Régis tem pequenos picos de congestionamento nem dá pra comparar com a Castelo Branco, que é angustiante ou a Raposo Tavares, que é terrível. O congestionamento na Régis é diferente daqueles em que tudo pára”, sustenta, defendendo que o problema á causado pelo estrangulamento no começo da Francisco Morato.
Claudinei Pereira observa que os congestionamentos registrados na BR-116 resultam da junção de vários fatores externos. O primeiro e mais significativo é o aumento do fluxo de veículos na cidade, em função dos congestionamentos ainda maiores em rodovias importantes a exemplo da Raposo Tavares e Castelo Branco. Seguido do processo de descentralização industrial para cidades vizinhas da capital. Além do fato do Rodoanel ainda não ter sido concluído. “Todos esses fatores tornam Taboão a melhor alternativa”, analisa.
O secretário explica que durante os horários de pico a região central chega a ter 2,7 mil veículos nos horários de pico. Já a frota fixa registrada no Detran é de 52 mil veículos. Entretanto, estima-se que a frota real seja até duas vezes maior, já que muitos automóveis da cidade têm placa de outras cidades.
O secretário sustenta que os congestionamentos não resultam da instalação dos semáforos na região central da cidade. Ele afirma que os mesmos são controlados por uma central que avalia às condições do tráfego permanentemente, chegando a fazer 50 verificações por segundo. De posse das informações coletadas o computador central gerencia a abertura e fechamento dos semáforos no local.