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Coluna editada no dia 14 de maio de 2008
6 min de leitura
14/05/2008
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cidade
Balanço
Foi prá lá de movimentada a última sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra. Os trabalhos no local tiveram direito à manifestação, acusações contra vereador, novas denúncias contra o Executivo municipal, discursos acalorados, briga no plenário e até quebra de cadeiras.
Foi prá lá de movimentada a última sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra. Os trabalhos no local tiveram direito à manifestação, acusações contra vereador, novas denúncias contra o Executivo municipal, discursos acalorados, briga no plenário e até quebra de cadeiras.
Como tudo começou…
Passava das 18h30 quando o plenário foi literalmente invadido por uma multidão de pessoas ligadas à Frente de Trabalho. Ao som do grito: “Na Frente de Trabalho não tem fantasma não!” eles entraram no plenário carregando faixas e cartazes com frases de ordem. Em seguida começaram a entoar um refrão no qual afirmavam: “Eh! Vagabundo é você, dr. Maurício”.
Passava das 18h30 quando o plenário foi literalmente invadido por uma multidão de pessoas ligadas à Frente de Trabalho. Ao som do grito: “Na Frente de Trabalho não tem fantasma não!” eles entraram no plenário carregando faixas e cartazes com frases de ordem. Em seguida começaram a entoar um refrão no qual afirmavam: “Eh! Vagabundo é você, dr. Maurício”.
Impaciência
A manifestação da Frente de Trabalho tumultuou o começo da sessão. Os vereadores entraram no plenário ao som de apitos, gritos de protesto e até vaias. Os trabalhadores quase não permitiram a leitura do texto bíblico feito a cada sessão pelo vereador Maurício André. Não fosse a interferência da presidência da Câmara ele não teria conseguido falar. Num dado momento o presidente chegou a afirmar aos presentes que se fosse preciso usaria força para manter a ordem no recinto.
A manifestação da Frente de Trabalho tumultuou o começo da sessão. Os vereadores entraram no plenário ao som de apitos, gritos de protesto e até vaias. Os trabalhadores quase não permitiram a leitura do texto bíblico feito a cada sessão pelo vereador Maurício André. Não fosse a interferência da presidência da Câmara ele não teria conseguido falar. Num dado momento o presidente chegou a afirmar aos presentes que se fosse preciso usaria força para manter a ordem no recinto.
Ampliação do prazo
Mas, quando todos acharam que a presença da Frente de Trabalho na Câmara estava relacionada apenas às denúncias da existência de fantasmas no programa, veio à tona um requerimento apresentado por Paulo Félix pedindo a prorrogação do período de manutenção da equipe de trabalho por mais 12 meses. O documento foi subscrito pelos demais vereadores e aprovado por unanimidade de votos.
Mas, quando todos acharam que a presença da Frente de Trabalho na Câmara estava relacionada apenas às denúncias da existência de fantasmas no programa, veio à tona um requerimento apresentado por Paulo Félix pedindo a prorrogação do período de manutenção da equipe de trabalho por mais 12 meses. O documento foi subscrito pelos demais vereadores e aprovado por unanimidade de votos.
Sem aumento de salário
Imediatamente após a aprovação do primeiro requerimento os vereadores Olívio Nóbrega e Olímpio Savazzi apresentaram um novo requerimento propondo o pagamento de 1 salário mínimo vigente para os trabalhadores da Frente. Porém, o documento não foi apreciado por que o vereador Wagner Eckstein líder do governo pediu vistas.
Imediatamente após a aprovação do primeiro requerimento os vereadores Olívio Nóbrega e Olímpio Savazzi apresentaram um novo requerimento propondo o pagamento de 1 salário mínimo vigente para os trabalhadores da Frente. Porém, o documento não foi apreciado por que o vereador Wagner Eckstein líder do governo pediu vistas.
Orquestrada?!?!
Depois que os integrantes da Frente de Trabalho deixaram o plenário veio à tona a revelação de que a manifestação no local teria sido orquestrada por pessoas ligadas ao Executivo. A informação veio seguida da denúncia de que havia pessoas incitando os trabalhadores e até mesmo pagando bebidas alcoólicas para os mesmos na padaria situada em frente à Câmara Municipal.
Depois que os integrantes da Frente de Trabalho deixaram o plenário veio à tona a revelação de que a manifestação no local teria sido orquestrada por pessoas ligadas ao Executivo. A informação veio seguida da denúncia de que havia pessoas incitando os trabalhadores e até mesmo pagando bebidas alcoólicas para os mesmos na padaria situada em frente à Câmara Municipal.
Apesar de tudo…
Os discursos dos vereadores nesta terça-feira foram marcados pelo reconhecimento da importância da Frente de Trabalho para a cidade. Todos, fizeram questão de destacar o empenho dos profissionais que atuam nos mais diversos segmentos. “A Frente está em todos os cantos da cidade”, repetiam ao som de calorosos aplausos.
Os discursos dos vereadores nesta terça-feira foram marcados pelo reconhecimento da importância da Frente de Trabalho para a cidade. Todos, fizeram questão de destacar o empenho dos profissionais que atuam nos mais diversos segmentos. “A Frente está em todos os cantos da cidade”, repetiam ao som de calorosos aplausos.
Rompimento
Outro fato que marcou a sessão foi o anúncio do rompimento do vereador Olívio Nóbrega com o prefeito Evilásio Farias, candidato à reeleição. Nóbrega disse que a decisão foi tomada em conjunto com o seu grupo político. Ele anunciou que irá apoiar a candidatura de Fernando Fernandes à prefeitura da cidade. Depois do comunicado ele recebeu apoio dos pares, até mesmo daqueles que integram a base de apoio da atual administração.
Outro fato que marcou a sessão foi o anúncio do rompimento do vereador Olívio Nóbrega com o prefeito Evilásio Farias, candidato à reeleição. Nóbrega disse que a decisão foi tomada em conjunto com o seu grupo político. Ele anunciou que irá apoiar a candidatura de Fernando Fernandes à prefeitura da cidade. Depois do comunicado ele recebeu apoio dos pares, até mesmo daqueles que integram a base de apoio da atual administração.
120 anos de abolição
Na última terça-feira a abolição dos escravos no País completou 120 anos. Mas, a data não foi celebrada com discursos festivos na Câmara. O presidente do Conegro, professor João Batista, usou a tribuna popular da Casa a fim de promover aos presentes uma reflexão sobre o assunto e relembrar os fatos que antecederam a tão sonhada liberdade dos negros escravizados no Brasil. Aos presentes ficou o questionamento de como um ser humano pode se considerar dono de outro? Como pode querer dominar seus pensamentos e sentimentos? João Batista falou sobre as leis do Sexagenário (que garantiu liberdade para os escravos com 60 anos ou mais), Vente Livre (que libertou filhos de escravos) e da Lei Áurea, que tornou extinta a escravidão no Brasil. Ele também lamentou que a liberdade dos negros não tenha sido acompanhada de políticas capazes de garantir sua inserção na sociedade.
Na última terça-feira a abolição dos escravos no País completou 120 anos. Mas, a data não foi celebrada com discursos festivos na Câmara. O presidente do Conegro, professor João Batista, usou a tribuna popular da Casa a fim de promover aos presentes uma reflexão sobre o assunto e relembrar os fatos que antecederam a tão sonhada liberdade dos negros escravizados no Brasil. Aos presentes ficou o questionamento de como um ser humano pode se considerar dono de outro? Como pode querer dominar seus pensamentos e sentimentos? João Batista falou sobre as leis do Sexagenário (que garantiu liberdade para os escravos com 60 anos ou mais), Vente Livre (que libertou filhos de escravos) e da Lei Áurea, que tornou extinta a escravidão no Brasil. Ele também lamentou que a liberdade dos negros não tenha sido acompanhada de políticas capazes de garantir sua inserção na sociedade.
120 anos de abolição I
A luta dos heróis negros a exemplo de Zumbi dos Palmares também foi lembrada pelos vereadores. Eloi e Moreira lembraram a conjuntura política que resultou no fim da escravidão. O petista falou dos avanços obtidos na questão do acesso dos negros à universidade, por meio da polêmica instituição das cotas. Ele citou dados recentes apresentados pelo IBGE, que retratam a desigualdade que ainda existe entre negros e brancos.
A luta dos heróis negros a exemplo de Zumbi dos Palmares também foi lembrada pelos vereadores. Eloi e Moreira lembraram a conjuntura política que resultou no fim da escravidão. O petista falou dos avanços obtidos na questão do acesso dos negros à universidade, por meio da polêmica instituição das cotas. Ele citou dados recentes apresentados pelo IBGE, que retratam a desigualdade que ainda existe entre negros e brancos.
Campanha de paz
Já na segunda etapa dos trabalhos da Câmara os discursos dos vereadores seguiram uma só tendência. Todos pediram que haja paz na campanha eleitoral que se avizinha. Entre os parlamentares da cidade predomina o temor de que o clima acirrado de disputa que impera na Câmara chegue às ruas e acabe provocando confusão.
Já na segunda etapa dos trabalhos da Câmara os discursos dos vereadores seguiram uma só tendência. Todos pediram que haja paz na campanha eleitoral que se avizinha. Entre os parlamentares da cidade predomina o temor de que o clima acirrado de disputa que impera na Câmara chegue às ruas e acabe provocando confusão.