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Coluna editada no dia 09 de abril de 2008
9 min de leitura
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cidade
Confronto
O clima ferveu nesta terça-feira na Câmara Municipal de Taboão da Serra. A proximidade eleitoral continua elevando os ânimos entre vereadores e freqüentadores da Casa. Os resultados imediatos são um ambiente tenso, dominado pelo clima já acirrado da disputa e pela possibilidade constante de confronto direto. As ofensas pessoais cada dia são maiores e mais constantes. As desta terça-feira prometem render Boletins de Ocorrência e até um pedido de exoneração.
Repercussão
Os eleitores presentes no plenário reclamam da baixaria e levam para sua casa e seus bairros uma péssima impressão, difícil de ser removida. É senso comum entre os presentes, e até mesmo entre os vereadores que os constantes confrontos na Casa prejudicam a imagem do Legislativo e na mesma proporção o andamento dos trabalhos. Nenhum desses resultados é positivo para os atuais legisladores ou para a cidade.
Troca de Insultos
Os gritos pra lá de exagerados durante o discurso do vereador Maurício André motivaram a troca de insultos mais marcantes desta terça-feira. Enquanto um grupo de munícipes gritava e aplaudia o discurso dele, Celso Vasconcelos, o Celsinho, que é assessor municipal, começou a gritar também, mas em protesto. Nesse momento, Maurício André se dirigiu ao presidente e disse que ele “estava gritando como uma cabrita”.
Troca de Insultos I
A afirmação do vereador acendeu a ira do Celsinho. Ele levantou do local onde estava e foi até a cerca que separa os vereadores do público. Visivelmente alterado ele começou a chamar o vereador Maurício André de “palhaço”, “boi”, entre outras palavras ofensivas.
Troca de Insultos II
O presidente da Câmara, neste momento pediu que a Guarda Municipal retirasse Celsinho não somente do recinto, mas do prédio da Câmara. Elói disse que o vereador ofendido poderia se retirar para prestar queixa, caso desejasse. Maurício André garantiu que o faria após a sessão e antecipou que na manhã de quarta-feira iria pedir a exoneração de Celsinho, baseado no Estatuto do Servidor Municipal, que proíbe funcionários efetivos ou nomeados de ofender autoridades. Maurício André também pediu que as ofensas proferidas contra ele constassem em ata. Para ser lida e aprovada e na sessão seguinte.
Troca de Insultos III
Celsinho disse que também iria fazer um boletim de ocorrência contra o vereador Maurício André, pelo fato do mesmo tê-lo chamado de “cabrita”. Ele disse que se sentiu ofendido e tentou justificar a sua reação alegando que uma pessoa ofendida tem atitudes imprevisíveis. Mesmo expulso do plenário ele aguardou o fim da sessão do lado de fora da Câmara.
Troca de Insultos IV
Depois da troca de insultos ninguém mais parecia ouvir o que o vereador dizia. Entre surpresos e perplexos, os presentes se perguntavam quais os limites para as baixarias dentro da Câmara. Logo em seguida, o vereador Natal pediu ao presidente que sejam observados mais atentamente outros casos de desrespeito aos parlamentares que acontecem na casa, a fim de que os seus praticantes também sejam expulsos do plenário. Natal, já foi alvo de gritos, vaias e até de ofensas verbais, durante os seus discursos no plenário, mas não houve punição aos praticantes.
Chega!!!!
O público que prestigia as sessões também concorda que já está mais do que na hora da mesa da Casa pôr fim a esses episódios lamentáveis que mancham a imagem do legislativo e acaba afastando do local os munícipes que não aderem ao comportamento predominante. Os jornalistas presentes estão habituados a ouvir constantemente moradores lamentando esses fatos. Ninguém é contra o debate salutar, mas, a maioria das pessoas e do eleitorado, rejeita a baixaria e a troca de insultos veementemente.
Provocação x mea culpa
Antes do episódio envolvendo o vereador Maurício André e Celsinho, um outro embate, dessa vez provocado pelo vereador Paulo Félix causou a suspensão dos trabalhos por mais de 25 minutos. Félix solicitou questão de ordem porque um projeto de sua autoria, não entrou em votação por falta de parecer das comissões da Casa. Quando indagado pelo presidente sobre qual seria o artigo da questão de ordem ele respondeu prontamente: “171 do Código Penal”. Elói imediatamente suspendeu os trabalhos “até que o vereador Paulo se comporte devidamente nessa Casa”.
Provocação x mea culpa I
Logo na saída dos vereadores para a sala de reuniões, já havia o pensamento de que eles voltariam ao plenário com algum acordo firmado para garantir o andamento dos trabalhos. A coluna apurou que lá dentro, Paulo Félix se desculpou pela provocação. No plenário, ele também pediu desculpas, disse que “se exacerbou na defesa do projeto” e garantiu que não teve o intuito de ofender a moral dos seus colegas. “Na verdade quis me referir ao artigo 171 do regimento”, concluiu.
Cidade Limpa
O projeto que pretende proibir a veiculação de publicidade em muros e fachadas ainda não está tramitando nas comissões, e já é alvo de polêmica. Paulo Félix, idealizador do mesmo, abriu a autoria para outros parlamentares com o intuito de garantir sua aprovação. Até agora os vereadores Professor Moreira, Wagner Eckstein e Olívio Nóbrega estão assinando o projeto como co-autores.
Cidade Limpa I
Mas, a resistência a proibição do uso dos muros na casa é grande. O presidente da Mesa, vereador Elói é um dos maiores opositores da medida. Ele defende que o muro favorece aos candidatos de menor poder aquisitivo. “Acho que tem que fazer lei para punir quem não pinta o muro depois da eleição”, afirmou. Já Félix lembra que o uso dos muros da campanha já resultou até em tiroteio na cidade, na briga de duas equipes de candidatos rivais pelo mesmo espaço.
Nova força
Aprígio, Professor Moreira, Wagner Eckstein, Valdevan Noventa, Marco Porta, Engenheiro Nei e Alberto Queiroz, integrantes do Grupo dos 7, podem ganhar mais um companheiro em breve. A coluna apurou que um vereador que ficou de fora do bloco anda empenhado em conseguir espaço nele e está quase sendo vitorioso. O assédio está deixando os 7 membros satisfeitos, tanto que eles já planejam abrir espaço para dois novos membros, que serão escolhidos a dedo. A formação do bloco dos 9 pode mudar o rumo das votações na Câmara…
Líder do Governo
O vereador petista Wagner Eckstein é o novo líder do governo Evilásio Farias na Câmara Municipal de Taboão da Serra. Ele assume a vaga deixada pelo vereador Marco Porta. Wagner já foi líder no primeiro ano de seu mandato. Na prática, ele já vinha exercendo a função, pois sempre fez a defesa do governo municipal dentro do Legislativo.
Líder de Bancada do PT
Já o vereador Professor Moreira voltou a assumir a liderança da bancada do PT na Câmara. Como Wagner Eckstein assumiu a liderança do governo, Moreira ficou com a missão de liderar o PT no legislativo. Já no exercício da função, ele citou a pesquisa que aponta a liderança da ex-prefeita Marta Suplicy nas pesquisas para a prefeitura da capital paulista. Moreira destacou a importância da parceria entre os governos federal e municipal na cidade e lamentou que Taboão da Serra tenha perdido a Fatec e a Etec prometidas pelo governo do Estado.
Condição
Falando sobre a polêmica em torno da vinda da Fatec e da Etec para Taboão da Serra, que sempre está presente nas sessões da Câmara Municipal, o vereador Savazzi foi enfático ao afirmar que o governo só instala as escolas nos locais onde a prefeitura disponibilizar o prédio. Ele disse que de nada adianta a prefeitura doar terreno. Tem que dar o prédio mesmo!!!!
Ainda sob ameaça
Em pleno ano eleitoral um vereador de Taboão da Serra poderá ser alvo de uma CPI. Um vereador veterano que promete instalar a investigação disse à coluna que está reunindo documentos e buscando assinaturas para fazer o pedido de investigação contra o colega. Caso não consiga reunir as assinaturas necessárias para o pedido de CPI, 5 no mínimo, o veterano garante que vai recorrer à Justiça.