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Pedágios da discórdia
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cidade
As questões relacionadas ao trânsito são discutidas à décadas. Lembro-me quando o então governador Orestes Quércia, pautou a discussão sobre a construção de um Anel-Viário na região metropolitana de São Paulo. Depois de muitos debates, surge a idéia da construção do Rodoanel Metropolitano.
Na idealização desta via, pautava-se que seria uma via que ajudaria a desafogar o trânsito nas cidades e ajudar no escoamento da produção do Estado e da Nação, pois a quantidade de caminhões que circulavam pelas marginais Pinheiros e Tiête eram o grande transtorno para o trânsito.
Quando o então governador Mario Covas, inaugurou as marginais da rodovia Castelo Branco, em 25 de Janeiro de 2001, em seu discurso dizia que o Rodoanel não poderia ser pedagiado, pois os caminhões não poderiam voltar a circular pelas marginais.
Nas sucessivas campanhas eleitorais, os candidatos quando debatiam os pedágios, não citavam o Rodoanel. Já o governador Serra, em um de seus primeiros atos, foi determinar a licitação do pedagimento desta via, fato que surgiu o Movimento Rodoanel Livre.
Após muitos debates com técnicos, políticos, associações comerciais e empresariais da região, chegou-se à conclusão de que este pedagiamento seria prejudicial, pois o trânsito circulante pelo Rodoanel, poderá vir a circular pelas vias internas das cidades, prejudicando a mobilidade urbana e a qualidade de vida.
Há por parte dos gestores públicos municipais, a preocupação com o plano diretor da cidade. Muitas cidades que estão no entorno do Rodoanel, já fizeram e estão aplicando este plano. Na elaboração, não constava esse pedagiamento, portanto, as cidades terão que refazer seus planos diretores, gerando mais custos aos municípios.
Acreditamos que o pedágio é uma bi-tributação, por que já pagamos a CIDE, imposto embutido no valor da gasolina, o IPVA, licenciamento de veículos entre outros. A grande discussão é que esses impostos não são aplicados como deveriam. Isso é uma questão de má gerenciamento por parte dos governantes.
Acreditamos que o melhor caminho para o Estado e o Brasil sair destes grande engodo é discutirmos formas de gestão pública, transporte coletivos de massas e logística e ajudar na melhoria da qualidade de vida da população, onde o pedágio não é o melhor caminho para isso.
Valdir Fernandes (Tafarel), é diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador do Movimento Rodoanel Livre
Para falar com o autor do texto: valdirmkt@yahoo.com.br