Protesto contra reformas trava Régis Bittencourt e complica trânsito
O protesto convocado por diversos movimentos populares que acontece na manhã desta sexta-feira, dia 30, paralisou a pista sentido São Paulo da rodovia Régis Bittencourt, na altura do Piscinão da Portuguesinha, região do Pq. Laguna, em Taboão da Serra. Os manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento dos Sem Terra (MST), diversos sindicatos da região e professores seguiram até a praça Nicola Vivilechio, na região central. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o protesto já foi encerrado e a rodovia está liberada.
Por volta das 7h30 manifestantes invadiram a pista, paralisando a circulação de veículos que trafegavam na altura do km 274 da rodovia. Segundo a concessionária Autopista Régis Bittencourt no início do protesto o congestionamento chegou a um quilômetro. Relatos de motoristas dão conta que o trânsito lento passou da altura do Rodoanel.
Apesar do protesto não ter fechado a pista no sentido Embu das Artes, o trânsito ficou complicado pois motoristas diminuíam a velocidade ao passar pelo protesto.
A greve convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje (30) uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. Esta é a segunda greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais.
A primeira greve geral ocorreu no dia 28 de abril, quando trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país. Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as refomas propostas pelo governo federal trazem riscos trabalhadores e para o país. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas. Na última quarta-feira (28), houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que a ideia do movimento é tentar pressionar o Congresso Nacional para ampliar a negociação sobre as reformas. “As paralisações e manifestações são os instrumentos que estamos usando para pressionar e ter uma negociação mais séria em Brasília que não leve a um prejuízo aos trabalhadores”, diz.
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para garantir o pagamento das aposentadorias no futuro e a geração de postos de trabalho, no momento em que o país vive uma crise econômica. O argumento é que, sem a aprovação da reforma da Previdência, a dívida pública brasileira entre em "rota insustentável" e pode “quebrar” o país”, como disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a reforma trabalhista, o governo afirma que a proposta moderniza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. E que as novas regras, como a que define que o acordo firmado entre patrão e empregado terá mais força que a lei, estimulará mais contratações.
São Paulo
Em São Paulo, os rodoviários, metrô e ônibus municipaus estão funcionando normalmente. Segundo a CUT, haverá a adesão de bancários, professores, petroleiros e profissionais da saúde no estado.
Com informações da Agência Brasil