Prefeito diz não ter condições de conceder aumento aos servidores
Os vereadores de Taboão da Serra repercutiram na longa sessão desta terça-feira, dia 20, na Câmara Municipal a resposta do Executivo ao requerimento 30/2017, aprovado no parlamento por unanimidade, que solicitava estudo sobre a concessão de vale-transporte e reajuste ao funcionalismo. A resposta foi negativa, como o prefeito já havia anunciado. Alguns servidores da educação, em greve há 52, acompanharam o debate, que em alguns momentos ficou tenso.
Em resposta ao requerimento, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB), declarou via ofício, que “a administração municipal, após avalição dos setores competentes, concluiu que, na atual conjuntura, não tem condições de suportar a expansão de despesas obrigatórias com os benefícios pleiteados, sob pena de comprometimento do equilíbrio financeiro e orçamentário, com risco, até mesmo de insuficiência de recursos para pagamento em dia”.
Durante a leitura do documento na Câmara, nenhum gráfico ou valores foram apresentados. Alguns vereadores da base em seus discursos, disseram que sabiam que o governo não concederia os benefícios e nem o reajuste aos servidores. Como disse o vereador Eduardo Nóbrega (PSDB). “Eu já sabia […] O funcionalismo sai daqui sem aquilo que veio buscar, mas ciente que o parlamento da cidade, junto com o executivo, entenderam que no momento não é possível [conceder o aumento]. É evidente que a resposta que todos nós queríamos dar não era essa. Se alguém tem a fórmula mágica que possibilite o aumento neste momento, que nós dê”, disse.
Oposição na Casa, o vereador Moreira (PSD) afirmou que não concorda com a resposta do govervo e criticou a falta de diálogo com os grevistas. “Em nenhum momento eu falei que concordo com a resposta do prefeito. Eu citei que Taboão da Serra é a 27ª economia e que há 20 anos amargamos o título de cada vez mais achatar o salário dos trabalhadores […] Eu sou a favor, que no mínimo tenha o vale-transporte como foi prometido para os funcionários […] O governo teria que no mínimo sentar com os servidores e explicar porque não pode conceder o reajuste”.
Apesar de votar a favor e susbcrever o documento, a vereadora Érica Franquini (PSDB), declarou não entender porque o grupo dos 9 (G9), elaborou o requerimento, uma vez que todos sabiam a resposta. “Somos 12 vereadores da base, e toda segunda-feira conversamos com prefeito, discutimos lá, na sala dele sobre diversos assuntos. E esse requerimento, antes de ser apresentado, poderia ter sido discutido. Por isso eu não entendi o motivo desse requerimento, nós já sabíamos o resultado, que não daria [para conceder o aumento]. O prefeito toda segunda-feira fala para nós que não dá”, disparou.
O vereador Marcos Paulo (PPS) rebateu érica, dizendo que a ideia do requerimento partiu do G9, mas ninguém era obrigado a votar a favor ou subscrever, se não concordasse. “Volto a dizer, que quem era contrário [ao requerimento] poderia ter votado contra e não subscrever. Como é que eu vou concordar com uma coisa que expõe o meu governo e votar favorável e vou assinar?. Todo mundo assinou. Representantes de algumas categorias queriam que tivéssemos uma resposta oficial, e foi assim que fizemos o requerimento, não com a intenção de expor o governo. Nós também sabíamos a resposta que chegaria, por que nós conversamos na base, o único que está surpreso aqui é o vereador Waines Moreira porque não estava”.
A presidente da Casa, vereadora Joice Silva (PTB), frisou que “a questão não é concordar com a resposta que chegou, em não aplicar o dissídio e o vale-transporte. A questão é responsabilidade com o que é possível”.