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Prefeitura não negocia e servidores continuam em greve em Taboão

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Redação

08/05/2017 00:00
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Durante a assembleia dos servidores da educação de Taboão da Serra, na manhã desta segunda-feira, dia 8, no Parque das Hortênsias, o presidente da Comissão Permanente de Educação da Câmara Municipal vereador Eduardo Nóbrega (PSDB), comunicou os grevistas que o prefeito não irá negociar com a categoria até que se encerre a greve. Diante da negativa do governo, o grupo decidiu manter a paralisação.

 “Os grevistas querem uma abertura de diálogo com o governo, nos procuraram como presidente da Comissão de Educação, para que pudéssemos interferir. Levamos ao prefeito Fernando Fernandes que colocou, que se eles voltassem ao trabalho seria aberto esse diálogo. Aí fica a decisão deles, se eles quiserem atender essa solicitação será aberto o diálogo, não havendo isso, o diálogo continua encerrado e nós como vereadores vamos continuar trabalhando para que isso aconteça. O governo não reconhece a greve. Se continuar com a greve ele não vai conversar”, informou Nóbrega.

Na quarta-feira, dia 10, às 10h, acontece uma nova assembleia no Parque das Hortênsias, para votarem a continuidade ou não da greve | Rose Santana

A categoria decidiu que só volta ao trabalho após o prefeito abrir as negociações. Como não houve acordo, a greve está mantida. “O prefeito diz que não reconhece a greve. Você pode não reconhecer, mas os trabalhadores estão na rua e as crianças estão lá sem professor, sem ADE, sem ADI, sem inspetor. Como ficam as crianças de Taboão da Serra? Será que estão bem atendidas lá dentro das escolas sem os profissionais de educação?”, questionaram os grevistas que estão sendo representados pelo Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais (Siproem).

O vereador Moreira (PSD), que também participou da assembleia, declarou apoio aos grevistas: “A gente tem um governo que não ouve os trabalhadores […] Fui vereador quando os prefeitos falavam que não podiam dar aumento porque a folha [de pagamento] estava 54%. Hoje a folha está em 39%, então eu não entendo porque o prefeito não faz um plano de carreira para poder valorizar, principalmente vocês que são profissionais da educação. Eu estou na luta junto com vocês”, frisou.

Nesta terça-feira, dia 9, o comando de greve vai fazer uma caminhada no Pq. Marabá, para conversar com os funcionários das escolas municipais daquela região. “A greve tem sido feita com caminhadas nos bairros, nas escolas, anunciando a nossa greve, chamando os trabalhadores para aderir e divulgando com a carta aberta”, disseram os grevistas.

Às 10h os grevistas vão para a sessão da Câmara Municipal, “vamos buscar sensibilizar os vereadores da necessidade do prefeito negociar […] Hoje ele aceita negociar, mas ele quer que a gente termine com a greve. Nós não podemos terminar com a greve, porque se não houve negociação até agora e a gente voltar a trabalhar, estará tudo perdido”.

Na quarta-feira, dia 10, às 10h, acontece uma nova assembleia no Parque das Hortênsias, para votarem a continuidade ou não da greve.

De acordo com o presidente do Siproem, Ademir Segura, “a assembleia autorizou o sindicato a entrar com o dissídio, mas antes de instaurar o dissídio vamos tentar mais uma vez uma conversa com o prefeito. Vamos manter a ideia de que a gente tem que conversar com ele, porque afinal de contas ele é o prefeito da cidade. Não é só se negar a falar com os trabalhadores da educação e acabou. A gente vai continuar na pressão, em greve, antes de tentar a justiça”.

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