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Casos de dengue despencam em Taboão da Serra no início do ano

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Redação

01/03/2017 00:00
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Nely Rossany

A cidade de Taboão da Serra ainda não teve nenhum caso de dengue confirmado este ano. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, entre janeiro e fevereiro, 15 casos foram notificados, mas nenhum confirmado. No mesmo período do ano passado, foram 197 notificações e 50 casos confirmados, o que representa uma queda de 100% no número de casos da doença e de 91% do número de notificações.

De acordo com a secretária de Saúde, Dra. Raquel Zaicaner, a diminuição drástica dos casos de dengue se deve principalmente às ações da prefeitura como os mutirões contra a dengue e a maior conscientização da população em relação às ações de prevenção.

Exército vem ajudando no combate ao mosquito Aedes aegypti em Taboão da Serra | Divulgação

No mês de janeiro de 2016 foram 13 casos foram confirmados, todos importados, quando o paciente é picado pelo Aedes aegypti fora da cidade. No mês de janeiro de 2017 foram 12 notificações e nenhum caso confirmado. Em fevereiro de 2016 foram 143 notificações, 37 casos confirmados. Desses 31 eram importados e 6 autóctones (quando a doença é contraída dentro do município). Em fevereiro de 2017 foram 3 notificações e nenhum caso confirmado.

Como explica o coordenador da Vigilância Epidemiológica de Taboão da Serra, Dr. Milton Parron, além das ações de prevenção e combate à dengue, a queda no número de casos da dengue se deve ao ciclo da doença. “Normalmente a dengue tem um ou dois anos de pico e depois dá uma reduzida, também pela questão do subtipo circulante, ou seja, que a população já fica imune aquele determinado tipo da doença, mas esperávamos uma diminuição gradativa, não assim abrupta. Isto demonstra que além da questão do ciclo do mosquito, tivemos um trabalho eficaz com a realização dos mutirões praticamente todo sábado”.

Ainda de acordo com Parron, além da ação preventiva houve as ações estratégicas. “Quando um bairro registrava casos suspeitos, já era realizada a nebulização ou ação mecânica, quando os agentes realizavam visita nas casas, não esperávamos confirmar os casos para agir, isto também ajuda a explicar a queda no número de casos este ano”, explica o coordenador.

Mesmo com a diminuição da incidência da doença, o coordenador alerta que o trabalho de prevenção tem que ser constante. “A população deve continuar atenta aos vasos de planta, caixas d’água e outros objetos que podem servir para o criadouro de larvas do mosquito da dengue. Não existe solução mágica, é preciso reforçar as ações de prevenção e se manter sempre alerta”, finaliza Parron.

Cata bagulho. Outra ação citada pela secretária de Saúde como sendo fundamental no combate à doença, foi o cata bagulho. O serviço da prefeitura remove das ruas e calçadas, móveis, eletrodomésticos e outros objetos, que descartados de maneira incorreta podem servir de criadouros para o mosquito da dengue.

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