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Embu das Artes: Juninho quer fortalecer a cultura

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Redação

23/09/2016 00:00
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Gazeta de São Paulo e Portal O Taboanense

Joselicio Junior, o Juninho do Psol é o quinto entrevistado da série especial da Gazeta e do Portal O Taboanense com os candidatos à prefeitura de Embu das Artes. O candidato destaca que o desenvolvimento da cidade pode ser aliado à preservação ambiental, histórica e cultural.

Juninho destaca que o desenvolvimento da cidade pode ser aliado à preservação ambiental, histórica e cultural | Reprodução/Facebook

Candidato, a atual gestão fechou a maternidade para uma ampla reforma. Qual a sua opinião sobre a medida, o que faria de diferente e qual a sua expectativa para a entrega do equipamento de saúde reformado?
O prefeito Chico Brito está concluindo seus 8 anos de mandato e não teve a competência de reformar a maternidade, no apagar das luzes de sua gestão, fecha a maternidade com a desculpa de fazer uma reforma, e não fez por quê? Para nós, a reabertura da maternidade será uma prioridade máxima, buscaremos todos os recursos necessários para que isso aconteça o mais rápido possível. Além disso, é compromisso nosso dar total transparência às contas públicas e rever os contratos com as empresas que administram a saúde em nosso município.

Recentemente foi inaugurada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Embu das Artes. Em sua opinião, o equipamento é adequado para as necessidades dos moradores? Pretende ampliar ou qualificar o atendimento de urgência na cidade?
A criação da UPA é uma necessidade e uma reivindicação antiga da população, a nossa cidade cresceu muito nos últimos anos, o que justifica a necessidade de ter um terceiro pronto atendimento. Em nenhum momento estava condicionado a abertura da UPA com o fechamento do PS Vazame, pois no final das contas, trocamos “6 por meia dúzia”. Entendemos que a reabertura do PS Vazame deve estar no horizonte da nossa gestão, mas para isso precisaremos ter um balanço das contas de nosso município e buscar parcerias junto aos governos do estado e federal.

Embu das Artes viveu a expectativa da implantação da Unifesp, a Universidade Federal, mas até agora esse projeto não saiu do papel. Essa é uma proposta que estará no seu plano de governo?
Sim, achamos importante a retomada do projeto de instalação do Campus da UNIFESP em Embu das Artes. Sabemos que a principal tarefa do município é garantir o terreno adequado para sua implantação e faremos o possível para que isso ocorra. Nossa cidade tem tradição cultural, intelectual, é uma cidade que pulsa cultura e o projeto da universidade federal é construir um polo de formação em artes, o que agregará muito no fortalecimento de uma das principais vocações de nossa cidade, que é a produção artística e o turismo cultural.

O Parque da Várzea do Rio Embu-Mirim é outro projeto que emperrou na atual administração, por inúmeras questões que fogem da resolução apenas da prefeitura. Caso o Sr. seja eleito, esse projeto terá a atenção devida para a sua inauguração? E quais serão as prioridades para essa área de lazer?
Primeiro é importante dizer que o prefeito agiu de forma irresponsável, fazendo construções que não estavam previstas no projeto original, sendo a obra inclusive embargada e milhões de reais foram desperdiçados. É importante destacar que o Parque da Várzea é uma área de compensação ambiental por conta dos impactos da instalação do Rodoanel, portanto a sua preservação é fundamental, pois, Embu das Artes faz parte do “Cinturão Verde” da Região Metropolitana de São Paulo e nossos mananciais integram a Bacia do Guarapiranga, que ajudam a abastecer mais de 3 milhões de pessoas. Sendo assim, a instalação do Parque é muito importante para ajudar a manter essa área preservada e vamos nos empenhar em oferecer para nossa comunidade mais uma opção de lazer.

Grande parte do território de Embu das Artes está localizada em uma área de proteção de mananciais, o que dificulta a instalação de indústrias. Como o Sr. pretende aliar a questão do Meio Ambiente com o desenvolvimento econômico do município?
Nós não entendemos que o desenvolvimento da nossa cidade está associado apenas a ferro e cimento. Quantas cidades no Brasil possuem o potencial ambiental, cultural, turístico de nossa cidade? Isso sem falar do comércio e da prestação de serviços. É possível sim gerar desenvolvimento social, humano, com preservação ambiental e geração de emprego e renda, a partir do fortalecimento desses motores econômicos.

Nos últimos anos houve um aumento do número de enchentes na região central de Embu das Artes. Quais serão as medidas tomadas para acabar com esse problema?
Esse é um ponto muito delicado, pois ao invés de buscar formas de reverter gradualmente o problema, o que tem na cidade é o agravamento disso, com desmatamentos, grandes regiões de várzeas foram soterradas, além disso, o péssimo cuidado com a manutenção das vias, limpeza de lixo nas ruas, bueiros e sistemas de drenagem e escoamento, não seremos omissos nisso, faremos o dever de casa. Na verdade, não existe solução mágica e imediata para esse problema, mas é necessário assumir o compromisso e parar com o processo de devastação que agrava ainda mais a situação.

Quais são as principais propostas do seu Plano de Governo na área de educação? E como pretende implantar, dentro de qual prazo e qual custo essas ações?
A nossa responsabilidade é com a educação de base, responsabilidade dos municípios. A começar pelo sistema de creches, que precisa melhorar e muito, com a implementação de novas unidades em tempo integral. A educação na cidade hoje se resume a entrega de kit escolar no início do ano, educação municipal é muito mais que isso, precisamos garantir um processo contínuo de formação das crianças, com escolas equipadas, com professores suficientes, formação continuada, merenda de qualidade, ações integradas entre escolas, comunidades, com respeito aos direitos humanos, com projetos pedagógicos bem elaborados, para que a escola seja de fato parte da comunidade a qual está inserida. Além disso, teremos como meta acabar com o analfabetismo, garantir a aplicação das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que estabelece o ensino da Cultura e História Africana, Afro-Brasileira e Indígena, para combater o racismo nas escolas, a criação e ampliação de cursos técnicos, e mais.

Quais são as principais propostas do seu Plano de Governo na área de Saúde? E como pretende implantar, dentro de qual prazo e qual custo essas ações?
Saúde pública diz respeito a uma séria de fatores, desde o saneamento, educação, saúde psicológica, qualidade de vida, prevenção, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, etc.. Dentre outras, temos algumas questões objetivas para a gestão da saúde no município: Rever os contratos com as empresas que administram a saúde do nosso município, com a responsabilidade de não penalizar os bons funcionários; fazer uma força tarefa para a reabertura do Pronto Socorro do Vazame e da Maternidade Central; investir em concursos públicos e na valorização dos servidores públicos com plano de cargos e carreira; fortalecer os conselhos gestores das unidades de saúde, ampliando a participação popular; fortalecimento da atenção básica e preventiva; ampliação do Programa Saúde da Família, ampliação e fortalecimento dos núcleos de apoio de Saúde da Família; fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Quais são as principais propostas do seu Plano de Governo na área de Segurança?
Segurança pública é o cuidado com o que é público, seja a segurança patrimonial, mas principalmente com as pessoas que vivem na cidade. Ruas bem iluminadas, estimular o uso dos espaços públicos pelas pessoas das comunidades. Criar um sistema de monitoramento inteligente integrado da Guarda Municipal, que deve ter uma formação continuada, com valorização e capacitação para promover a paz, em qualquer lugar do mundo, a melhor forma de reduzir os índices de violência é através do desenvolvimento social.  A Guarda Municipal será um instrumento de preservação da cidadania e cuidado com as pessoas nos espaços públicos. Isso além de outras questões mais específicas, como a criação do SOS Mulher para recebimento e apuração de denúncias de violência.

O trânsito vem se tornando um problema para Embu das Artes nos últimos anos, principalmente após a inauguração do trecho Sul do Rodoanel. Quais medidas serão tomadas, caso o Sr. seja eleito?
O trânsito em Embu das Artes vem se tornando um problema em toda cidade. As ruas estão esburacadas, falta sinalização, falta planejamento, falta gestão. Queremos fazer um grande estudo de estruturação do trânsito na cidade, com recapeamento das vias, e para isso buscaremos parcerias com os governos estadual e federal, através de emendas para viabilizar o projeto. Entendemos também que organizar melhor o transporte coletivo, pensando na mobilidade também é uma forma de melhorar o trânsito na cidade.

Para finalizar a nossa entrevista, gostaríamos que o Sr. deixasse uma mensagem para os moradores de Embu das Artes.
Queremos dizer para a população de Embu das Artes, que temos uma oportunidade de virar uma página na história do nosso município, dando uma lição de moral para os mesmos políticos de sempre, votando no dia 02 de outubro em uma alternativa Ficha Limpa e com propostas para mudar os rumos da nossa querida cidade. A verdadeira mudança é votar no Juninho 50 prefeito, Gaíga vice. Mas também votando nas vereadoras e vereadores da chapa do 50, porque não basta mudar apenas a prefeitura, é preciso mudar também a Câmara de Vereadores, pois esta tem grande responsabilidade pela situação que a cidade se encontra. Nosso compromisso é com as pessoas, queremos governar junto com o povo de Embu das Artes, é o povo que vai dizer onde e como será investido o orçamento municipal. Faça parte dessa mudança!

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