Bancos da região central de Taboão da Serra permanecem em greve
Bancários não entraram em acordo com Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram manter a greve iniciada na semana passada, após reunião realizada em São Paulo, na tarde da última terça-feira, dia 13. Em Taboão da Serra, as 12 agências da região central estão paradas. Na região do Pirajuçara, na Caixa Econômica Federal o atendimento é realizado com restrição.
A greve dos bancários fechou mais da metade das agências do país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). De acordo com balanço do comando dos grevistas, 12.386 agências e 46 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas nesta quarta-feira, dia 14. O número representa 53% de todas as agências do Brasil, segundo o sindicato.
Nesta quinta-feira, dia 15, haverá uma nova rodada de negociação, em São Paulo, depois da reunião ontem, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) terminar sem acordo. A greve começou na última terça-feira, 6. Na sexta-feira, 9, os bancários decidiram manter a greve, rejeitando a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.