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Protesto: Mulher está há mais de 24h acorrentada na Câmara de Taboão

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Redação

03/08/2016 00:00
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Há mais de 24h, uma mulher está acorrentada em uma das pilastras da Câmara Municipal de Taboão da Serra desde a tarde na última terça-feira, dia 02. Joselina Maria Rodrigues Garcia, 55 anos, protesta contra a sua expulsão de um movimento de moradia popular.

Durante a noite de ontem, Joselina recebeu atendimento médico, foram realizados alguns exames, entre eles teste de glicose e aferição de pressão arterial, ela foi alimentada e também, por determinação do presidente da Câmara, o vereador Cido da Yafarma, ela não deverá ser retirada a força do local. O padre Edinei, da Pastoral tentou convencê-la a encerrar o ato, mas sem sucesso.

Vereadores Cido e Moreira, além do padre Edinei, tentaram dissuadir Joselina do seu protesto sem sucesso | Eduardo Toledo

O protesto

Joselina acusa os movimentos habitacionais Família Feliz e Bem Viver de a expulsarem do projeto, com isso ela perdeu o direito de ter “seu apartamento”. De acordo com a mulher, a atitude dos organizadores foi radical, “não houve motivos”.

Na tarde de terça, Terezinha da Silva, representando os movimentos, foi até a Câmara conversar com Joselina, na tentativa de fazer a mulher desistir do protesto. Mas não obteve sucesso.

Joselina conta que em 2015, durante uma assembleia dos movimentos, os diretores chamaram a polícia para ela. “Saí daqui algemada, fui humilhada dentro da Câmara de Taboão da Serra, só saio daqui quando eu receber meu apartamento. Quero que as 150 famílias do Maria Helena voltem também”.

De acordo com Terezinha, as 150 famílias foram expulsas, juntamente com Joselina, por não aceitarem os termos apresentados para o projeto, que irá construir 500 moradias. “Ela não obedece, não respeita ordens. Ela é muito difícil. Tínhamos tudo acertado na época, na hora de assinar a documentação para enviarmos para a Caixa [Econômica Federal], ela se recusou a assinar. Em uma nova assembleia, para não perdermos os prazos, as 150 famílias foram substituídas. Mas vamos marcar uma reunião com a diretoria para falarmos sobre o caso, sempre tivemos a disposição dela”.

Ela não aceita conversar com os movimentos. “Não quero mais conversar com eles [movimentos]. Pra ser humilhada de novo? Eu quero meus direitos, quero meu apartamento, quero ser respeitada”, disparou Joselina.

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