Cresce o número de roubos de celulares em Taboão, Embu e região
O número de roubos e furtos de celulares vem crescendo em todo o Estado de São Paulo. Em Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica os crimes vêm aumentando no primeiro quadrimestre deste ano. Os números não são consolidados, mas o os roubos, de modo geral, aumentaram 41% só em Taboão da Serra.
O delegado Seccional, Dr. Dejar Gomes Neto, em entrevista ao Portal O Taboanense, falou da preocupação da polícia com esse tipo de crime. “Apreendemos centenas e centenas de celulares, esse é o objeto de desejo, de consumo são esses celulares como o Iphone. Até porque tem um valor comercial muito grande”, disse.
Segundo ele, a Polícia Civil está trabalhando em conjunto com a Polícia Militar que vem aumentando o patrulhamento e rondas principalmente em pontos de ônibus, local onde os roubos são mais frequentes. O delegado alerta para quem compra celulares roubados. “Essas pessoas estão incentivando [os roubos] e praticando o crime de receptação”.
Na última reunião do Conseg do Jd. Monte Alegre, o delegado titular de Taboão da Serra, Dr. Gilson Leite Campinas disse que a Polícia Civil vem investigando e recuperando diversos aparelhos. “Foi feita uma operação na semana passada e recuperamos diversos celulares que estavam sendo vendidos em três lojas. Dois lojistas foram presos por receptação”.
Campinas alerta os moradores que forem vítimas de roubos ou furto de celulares para que seja feito o Boletim de Ocorrência e que seja informado para a polícia o número de IMEI do aparelho, uma espécie de identidade que cada aparelho tem. “Com esse número conseguimos comprovar que o aparelho é produto de roubo”.
Outro motivo para que os BOs sejam feitos é para ajudar na investigação dos casos e levantar um mapa dos locais com maior incidência desse tipo de crime. “Assim conseguimos coordenar melhor as investigações, é importante que a população confie no trabalho da polícia”.
Dados do Ministério da Justiça estimam que mais de um milhão de celulares sejam roubados todos os anos no Brasil. Em dezembro do ano passado, havia em operação no país mais de 257 milhões de aparelhos.
Uma forma fácil de descobrir o número do IMEI é digitar no próprio celular o código *#06#, na mesma hora o aparelho irá informar qual é o IMEI registrado. Esse número deve ser guardado e informado no Boletim de Ocorrência.
Estado
Em fevereiro de 2015 o Governador Geraldo Alckmin sancionou uma portaria que facilitou o bloqueio de aparelhos roubados ou extraviados. As ocorrências com celulares foram um dos principais fatores que resultaram no crescimento de 20,6% dos roubos de 2013 para 2014 no Estado. Especificamente, os roubos de celulares cresceram 149,59%.
A resolução prevê que, durante os registros dos boletins de ocorrência de roubo e furto de celulares, os delegados coletem a autorização das vítimas para que a Polícia Civil possa proceder à solicitação do bloqueio. A nova sistemática também permitirá que isso seja feito quando o crime for registrado pela Delegacia Eletrônica.
A dificuldade em inutilizar celulares roubados e furtados é considerada pela SSP como um dos facilitadores da prática de crimes. Isso porque, antes da resolução, somente quem tinha um celular subtraído podia pedir, às operadoras, o bloqueio, que, geralmente, só era solicitado em relação ao chip e não ao IMEI.
No caso do chip, apenas a linha telefônica fica inutilizada, permitindo a comercialização dos aparelhos no mercado ilegal. Quando o IMEI é bloqueado, o celular fica sem uso.
A SSP também encaminhará ao governador Geraldo Alckmin minuta de projeto de lei que prevê a proibição da comercialização de aparelhos que desbloqueiam o IMEI. O projeto prevê o cancelamento da inscrição estadual dos estabelecimentos que descumprirem a determinação.
Quanto aos comércios irregulares dos desbloqueadores, a Polícia Civil irá aprimorar a investigação e apreensão deste tipo de produto. “Nós pedimos à Delegacia Geral para intensificar o combate a essa pirataria. Não adianta nos preocuparmos com estabelecimentos regulares, se não atacar o irregular. Mas, como isso não necessita de nenhuma mudança legislativa, começaremos imediatamente”.