Sem reajustes, aposentados protestam na Câmara de Taboão
A sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra, desta terça-feira, dia 8, foi marcada por protestos de aposentados reivindicando reajuste salarial. Apenas um projeto foi aprovado, em uma sessão teve duração de quase 6 horas.
Representantes da Associação dos Aposentados e Pensionistas da TaboãoPrev (Aapopen) em Taboão da Serra, protestaram contra a falta de reajuste salarial há quase 20 anos. “Recebemos um cartão esmola de R$ 160, que não nos ajuda em nada… Esta é a cidade que quer ser amiga do idoso? Por favor, nos dê uma chance de sobreviver”, disse a aposentada Leni dos Santos Silva, moradora do Jd. Clementino.
Os aposentados cobraram mais atenção dos parlamentares para a situação deles e solicitam uma audiência com o prefeito. “Até hoje ele [prefeito] se recusou a atender a Aapopen. Vocês [vereadores] precisam saber por que essa população está se queixando. Precisam procurar saber com o prefeito por que está havendo essa injustiça. Pelo amor de Deus tenham um pouco de sensibilidade para com essas pessoas”, falou o aposentado João Victorelli.
O líder do governo, vereador Eduardo Nóbrega (PR), disse que o tema é importante e precisa ser discutido. A situação é mais crítica para os aposentados que se encaixam na categoria paritários. “Os paritários só terão correção se o da ativa tiver. Em Taboão há 20 anos os funcionários não tem correção”, relatou Nóbrega.
De acordo com o parlamentar, após duas visitas a Brasília em 2014, juntamente com o prefeito, representantes da Aapopen e da TaboãoPrev, em reunião com o Ministério da Previdência Social foi negado o aumento aos paritários, apenas foi obtido uma permissão para conceder um “gratificação de R$ 200 para os paritários”.
“Não fizemos propaganda disso porque era vergonhoso dizer que conseguimos um bônus de R$ 200, que não é nada. Em Taboão da Serra o aposentado não consegue sobrevir, só tem uma solução, se tiver uma política de recuperação salarial. A situação dos paritários é horrível, é urgente”, disparou Nóbrega.
O vereador Luiz Lune (PCdoB), questionou a informação do líder do governo sobre a negação do Ministério da Previdência sobre o reajuste aos paritários. “Eu acredito que dá sim para o prefeito fazer alguma coisa. Se vocês conseguiram dar um abono de R$ 200, por que não deram de R$ 500”, questionou.
Votação
Na ordem do dia, foi aprovado o projeto de lei número 067/2015, de autoria do vereador Carlinhos do Leme (PP), que cria a Campanha Municipal de Combate à dengue, chikungunya e ao zica vírus. De acordo com a matéria, o objetivo é “mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinas ao combate do vetor da doença”.