Pacientes com hemofilia ficarão sem medicamento já em fevereiro
As pessoas com hemofilia, distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue, devem ficar sem acesso a medicamento fundamental na prevenção de hemorragias espontâneas já em fevereiro. O alerta é da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), entidade que atua em prol de pessoas com hemofilia.
A situação dos estoques dos fatores de coagulação, medicamento que atua repondo a capacidade do corpo de estancar sangramentos internos e externos caso a pessoa sofra um corte, queda ou mesmo torções, tende a piorar após operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta feira (9), contra a suspeita de desvio de dinheiro público na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).
Para a presidente da FBH, Mariana Battazza Freire, é fundamental que as investigações sejam conduzidas sem prejudicar o acesso dos milhares de pacientes que precisam dessa medicação para levarem suas vidas.
Para falar a respeito de como as acusações de corrupção podem afetar o acesso dos pacientes brasileiros aos medicamentos, a presidente da Federação Brasileira de Hemofilia está disponível.
Saiba mais
A hemofilia é uma disfunção crônica, genética e não contagiosa, sendo que 1/3 dos casos ocorre por mutação genética e 2/3 por hereditariedade. Existem dois tipos, que podem ser classificados entre leve, moderada e grave. A hemofilia A, que representa 80% dos casos, ocorre devido à deficiência do fator VIII (FVIII). Já a hemofilia B ocorre pela deficiência do fator IX (FIX).