Canalização do córrego Poá, em Taboão, entra na reta final
Na reta final da canalização do córrego Poá, a cidade de Taboão da Serra poderá contar com um auxilio no combate às enchentes que tanto atrapalham os moradores e comerciantes da região central do município. Agora o córrego – com mais de 4.450 metros de extensão – conta com três novas pontes ao longo de seu curso e um canal auxiliar, próximo ao piscinão que divide Taboão e São Paulo.
Esse “segundo braço” do córrego será responsável pela captação da água da região central do município e desembocará em um duto subterrâneo chamado de túnel linear, que nada mais é do que uma técnica de abertura de túneis estruturados, em aço, indicado para a realização de obras subterrâneas, especialmente em obras de drenagem de águas pluviais.
A previsão de conclusão das obras é janeiro de 2016 e, quando terminada a canalização o córrego terá capacidade de escoar até 82 mil litros de água por segundo.
Obras suspensas
As obras de canalização do córrego tiveram que ser suspensas porque a Prefeitura estava aguardando uma liberação para um financiamento feito pela Caixa Econômica Federal, que aconteceu no segundo semestre de 2015 e que a Prefeitura já está pagando.
Para a realização de toda a canalização, que vai da avenida Marechal Castelo Branco até o Córrego do Pirajuçara, estão sendo gastos cerca de R$ 75 milhões financiados através de empréstimo do Governo Federal. A Prefeitura paga em média R$ 720 mil ao mês por este financiamento.
O município teve ainda o custo adicional de cerca de R$ 10 milhões, usados para o recapeamento das ruas Henrique Robba e das avenidas Intercap (nos dois sentidos), para a construção de novas pontes e para a detonação de rochas, além dos pagamentos para as famílias que precisaram ser desapropriadas dos imóveis no entorno do córrego, não contemplados no financiamento.
Para o prefeito, esta obra é de suma importância para Taboão da Serra. “Quando chegamos, a obra estava parada e retomamos com muito empenho, pois sabíamos o que esta canalização representava para os moradores, que tanto sofreram com as enchentes”, conta. “No projeto original não foram previstas desapropriações e algumas obras complementares, o que resultou na demora e na cobrança para a finalização. Agora, com muita satisfação, estamos concluindo”, comemora Fernando Fernandes.
Plantio de mudas de árvores
De acordo com a secretaria de Obras, Infraestrutura e Serviços Urbanos, o projeto incluiu ainda o plantio de 15.650 mudas de árvores nativas da mata Atlântica, recuperação das partes danificadas da grama durante a execução da obra, guarda corpo metálico para segurança dos pedestres, barreiras de concreto e praças de lazer com paisagismo e equipamentos de ginástica nas imediações das ruas Acre, Pará, Guanabara, São Paulo e Camélias e nas avenidas Brasil e Armando de Andrade.