Câmara de Embu irá gastar mais de R$ 230 mil com aluguel de carros
A Câmara de Embu das Artes aprovou por unanimidade, na sessão da última quarta-feira, dia 11, resolução nº 02/2015, com as regras de uso dos novos veículos oficiais do Poder Legislativo. A atual gestão ampliou a frota de veículos, passando de cinco para 11carros 0 km com direito a combustível.
“O legislativo contava com cinco veículos, eram carros velhos que viviam dando problemas e a manutenção era bem cara. Os vereadores faziam revezamento para usar”, justifica o presidente da Casa, Ney Santos (PSC). Quatro, dos 15 vereadores, apesar de votarem a favor da resolução, abriram mão do direito, Gilvan da Saúde (PROS), Dra. Bete (PROS), Pedro Valdir (PSD) e Rosana do Arthur (PMDB).
Agora cada vereador terá à sua disposição um veículo 0 km modelo Prisma LT, com ar condicionado e direção elétrica. O presidente usará um Cruze 1.8, automático. Todos terão direito a 135 litros de combustível por mês, também financiados pela Câmara. De acordo com Santos, “não se trata de uma regalia, mas sim de uma necessidade”.
O valor do aluguel de cada veículo será de R$ 1.936 mensal. O carro da presidência custará R$3.396 por mês. Com a nova aquisição, o legislativo embuense passará a ter um gasto anual de mais de R$ 273 mil, sem contar o combustível. Durante a semana, os veículos poderão ficar na casa dos vereadores, mas nos finais de semana, os veículos oficiais devem “pernoitar no estacionamento da Câmara no período compreendido entre as 17h da sexta-feira até às 8h da segunda-feira”.
A notícia não foi bem aceita pela população e gerou algumas críticas nas redes sociais. Santos rebateu dizendo que para o vereador realizar um bom trabalho na cidade, ele necessita de estrutura.
“Muita gente criticou, inclusive criticaram a minha pessoa como presidente, mas a população não analisa os fatos, os novos veículos eram uma necessidade. A população cobra mais ações dos vereadores, para realizar um bom trabalho é necessário ter estrutura. Eu particularmente, não precisaria [do veículo], mas tem vereador que não tem condição. Agora o trabalho vai render muito mais”, declarou o presidente da Casa.
Quanto ao valor do combustível, Ney Santos disse que o valor é mínimo. “É uma coisa mínima, apenas 135 litros por mês. Isso não é nada, ele [o vereador] vai ter que completar do próprio bolso”.
Santos também afirmou que todo o processo de aquisição dos novos veículos está dentro da lei “nada foi feito de forma irregular, o nosso jurídico fez todas as consultas legais”.