Ator que viveu Jesus na 66ª Paixão de Cristo de Taboão da Serra relembra desafios e emoções
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O ator Rager Luan, que interpretou Jesus na 66ª edição da Encenação da Paixão de Cristo de Taboão da Serra, compartilhou suas impressões depois de meses de preparação e da apresentação realizada na Sexta-Feira Santa (18).
Para ele, o espetáculo carrega um legado afetivo e histórico. “Estou meio que assimilando as coisas, porque foram meses de ensaio e hoje, com todo mundo empenhadíssimo na reta final, foi incrível. A Paixão tem uma história para mim: desde criança eu ouvia minhas irmãs falando do espetáculo e assistia toda hora.”
Rager começou a participar da encenação há 15 anos, incentivado pela atriz Najara, que o convidou para o papel de “fogo” no Palácio de Herodes. Desde então, ele não deixou mais os palcos da representação. Ele também lembrou com saudade do ex diretor Marinho, responsável por sete anos como Jesus na montagem anterior.
“Vi ele em vários momentos durante a apresentação de hoje. Marinho representou Jesus por tanto tempo e seu legado é muito marcante para o grupo e para toda Taboão da Serra.”, disse.
Apesar de pequenas falhas técnicas de áudio — resultado do pouco tempo disponível para ensaio com microfones —, Rager considerou o saldo “muito positivo” e destacou a evolução da infraestrutura sonora a cada ano.
“Usamos microfone nos últimos cinco anos e, a cada edição, melhoramos. Sempre há ajustes a fazer, mas hoje o público quase não notou as falhas que enfrentávamos antigamente.”
O momento da chuva, que coincidiu com a cena da abertura do sepulcro, também ganhou significado especial para ele. “A chuva caiu no momento exato dos trovões, quando o sepulcro abre. O público comentou que parecia um sinal — é emocionante ver como tudo se encaixa.”
Rager fez questão de lembrar a importância histórica da encenação em Taboão da Serra, que em 1958 teve seu primeiro espetáculo e nomes que já interpretaram Jesus como Mário Pazzini. “É uma responsabilidade que aceitei com alegria. Cumprir esse papel principal, depois de tantos artistas consagrados, é uma honra. Meu compromisso foi representar fielmente o que eles fizeram ao longo de tantos anos.”
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