Taboão da Serra inicia demolição da fonte e da marquise na praça Nicola Vivilechio; obras seguem até setembro
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A Prefeitura de Taboão da Serra iniciou na manhã desta segunda-feira, 14, a demolição de estruturas históricas da praça Nicola Vivilechio, no centro da cidade. A marquise já foi removida, e a icônica fonte luminosa também será demolida nos próximos dias, como parte das obras de requalificação urbana iniciadas pela atual gestão.
A medida, embora prevista no novo projeto de revitalização, gerou polêmica entre moradores, que lamentaram a remoção de símbolos tradicionais do município. “Minha mãe fez o ensaio de casamento em frente à fonte, é uma ótima lembrança”, afirmou Lucélia Martins, moradora do Jardim Maria Rosa.
Segundo apurou o Portal O Taboanense, a demolição da fonte será feita manualmente, pois o piso da praça não suporta o peso de caminhões e maquinário pesado. A previsão da prefeitura é concluir a nova configuração da praça até setembro deste ano.
História e abandono da fonte luminosa
Inaugurada em novembro de 1972, a fonte luminosa foi um marco na urbanização de Taboão da Serra, celebrando a chegada do sistema de água encanada ao município. Durante décadas, o chafariz encantou moradores e visitantes com seus espetáculos de luzes e jatos d’água, principalmente após sua modernização em 2007, que incluiu sistema computadorizado de controle, 180 pontos de lançamento de água e nova casa de bombas.
Entretanto, a fonte está desativada desde 2020, e sua última reforma ocorreu em 2013, ainda na gestão de Fernando Fernandes, por meio de parceria com a empresa Cinpal. Desde então, a manutenção se tornou inviável financeiramente, e o espaço passou a ser visto como abandonado.
Novo projeto: espaço moderno e multifuncional
O novo projeto, anunciado pelo prefeito Engenheiro Daniel, prevê a transformação da praça Nicola Vivilechio em um espaço moderno, de lazer e convivência. A proposta inclui a construção de um playground, uma área molhada com piso emborrachado, academia ao ar livre e um telão de LED para exibição de eventos esportivos, filmes e conteúdos institucionais.
“A ideia é criar um ambiente acolhedor para toda a família, que possa receber grandes eventos culturais e gastronômicos, valorizando a convivência comunitária”, afirmou o prefeito. “A praça voltará a ser um cartão-postal de Taboão da Serra.”
O secretário de Obras, Edson Galina, destacou que a nova configuração preservará elementos históricos, como o busto de Dom Pedro I, o monumento à Bíblia e a placa inaugural, além de manter as árvores existentes no entorno. Segundo ele, a proposta alia modernização e respeito à história do município.
Obras paralisadas foram retomadas
As obras de revitalização começaram originalmente em julho de 2023, na gestão do ex-prefeito Aprígio, com previsão de entrega para dezembro do mesmo ano. O contrato, no valor de R$ 1,7 milhão, previa melhorias na acessibilidade, novo paisagismo e reforma da fonte. No entanto, a execução foi interrompida e a praça permaneceu inacabada, o que resultou, inclusive, no cancelamento do Natal Iluminado daquele ano.
Agora, com a retomada das obras em março de 2024, o novo projeto amplia as funcionalidades da praça. A expectativa é de que os serviços sejam concluídos até setembro. Parte dos investimentos adicionais será custeada com recursos próprios do município, e a gestão também estuda parcerias com a iniciativa privada para otimizar o uso do espaço.
Marquise e origem da praça
Além da fonte, a marquise que ocupa dois extremos da praça também será removida. Construída junto à praça original, apresentava infiltrações e não estava incluída no projeto de reforma da gestão anterior.
A praça Nicola Vivilechio começou a ser idealizada durante o governo da prefeita Laurita Ortega Mari, quando o trecho da atual Régis Bittencourt ainda era chamado de BR-102. A área, então batizada como “Praça 31 de Março”, era uma referência direta ao golpe militar de 1964.
Foi o prefeito Ari Daú, sucessor de Laurita, quem reformou e ampliou o local, inaugurando a nova praça e a fonte luminosa em 12 de novembro de 1972, durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici e do então governador de São Paulo, Laudo Natel.
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